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Novo ministro de Lula enviou cerca de R$ 30 milhões para a prefeitura do pai

O parlamentar alegou que os recursos mencionados foram destinados por meio de instrumentos legais.

A nomeação do deputado Pedro Lucas (União Brasil-MA) como novo ministro das comunicações do governo de Luiz Inácio Lula da Silva ocorre em meio a dúvidas a respeito da destinação de mais de R$ 30 milhões em emendas para o município de Arame, no Maranhão, cujo prefeito é seu pai, Pedro Fernandes.

A cidade de Arame recebeu R$ 5,7 milhões em emendas de relator, R$ 20 milhões entre 2023 e 2024 por emendas de comissão indicadas por Pedro Lucas, e R$ 4,5 milhões em emendas individuais impositivas, totalizando R$ 30,2 milhões.

Foto: Divulgação/Câmara dos DeputadosPedro Lucas Fernandes
Pedro Lucas Fernandes

Sobre o caso, o parlamentar alegou que os recursos mencionados foram destinados por meio de instrumentos legais, que estavam previstos no ordenamento orçamentário brasileiro, como emendas individuais impositivas e de comissão, com transparência e publicidade.

Outras destinações de recursos ao Maranhão

Ainda no governo de Jair Bolsonaro, o deputado do União Brasil também se destacou ao destinar R$ 104,7 milhões ao Maranhão através das emendas de relator, o chamado “orçamento secreto”. Ele foi o 13º parlamentar na Câmara a mais indicar recursos através do mecanismo, que foi proibido pelo Supremo Tribunal Federal no final de 2022 devido à falta de transparência.

Histórico de Pedro Lucas

Pedro Lucas deve assumir o cargo após o feriado de Páscoa, segundo Gleisi Hoffmann, Ministra das Relações Institucionais. Ele foi indicado devido Juscelino Filho renunciar o ministério, após ser denunciado por corrupção pela Procuradoria-Geral da República.

Antes de ser deputado federal, Pedro Lucas foi vereador em São Luís e presidiu a Agência Executiva Metropolitana, indicado pelo então governador Flávio Dino (PSB-MA). Nas eleições de 2022, foi o segundo deputado mais votado no Maranhão, com 159,7 mil votos.

Sua nomeação para o ministério enfrentou resistência no União Brasil, mas recebeu apoio do presidente do partido, Antônio Rueda, e do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), reforçando a indicação.

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