O apresentador Danilo Gentili quebrou o silêncio e se manifestou, nessa quarta-feira (16), sobre a acusação de estupro feita por sua ex-assistente de palco Juliana Oliveira contra Otávio Mesquita. O episódio teria ocorrido em 2016, durante uma gravação do programa The Noite. Através de um vídeo de 46 minutos, publicado em seu Instagram, o apresentador mostra sua versão dos acontecimentos e rebate a acusação de que teria se omitido.
"Tudo o que eu tenho para dizer sobre o caso Juliana vs Otávio Mesquita está nesse vídeo. Tentei deixar o vídeo o mais curto possível, mas ele contém áudios completos", Danilo Gentili.
Danilo disse que só decidiu falar agora porque Juliana teria distorcido os fatos e sido injusta ao afirmar que não recebeu apoio. Segundo ele, a linha cronológica apresentada por Juliana não condiz com a realidade. O apresentador divulgou áudios e conversas como prova.
Gentili explica que o vídeo é dividido em três partes: sua perspectiva sobre o caso, uma cronologia dos acontecimentos e os motivos pelos quais considera injusta a acusação de omissão.
Ele afirmou que, na época da gravação, não entendeu que o episódio envolvia qualquer tipo de abuso, já que os dois tinham, até então, interações públicas com conotação provocativa. Ele afirmou ainda que, se tivesse percebido qualquer indício de violência ou abuso, teria interrompido imediatamente a gravação e não permitiria que o material fosse ao ar. “Se eu tivesse entendido qualquer coisa diferente disso, eu teria parado o programa na hora. O fato de estar no ar desde 2015 até hoje mostra que nenhum de nós achou que tinha algo errado”, disse.
Gentili também garantiu que ele e o diretor do programa prestaram apoio para Juliana Oliveira após entenderem a gravidade da situação, sugerindo que o caso fosse denunciado tanto para o SBT quanto para a Justiça. Ele ainda mostrou áudios e ligações que trocou com a ex-assistente após o caso, que ocorreu em uma gravação de 2016. O apresentador do The Noite detalhou o momento em que Juliana o procurou, quatro anos depois, em 2020.
Segundo ele, a humorista afirmou que o ocorrido com Otávio havia sido estupro e, diante disso, ele ofereceu ajuda jurídica, apoio pessoal e se dispôs a levar o caso à polícia e ao compliance do SBT. “Ela me disse: 'Não quero que denuncie na polícia'. Eu insisti: 'Vamos levar ao SBT'. Ela também recusou. Então coloquei meu advogado à disposição e me comprometi a apoiar o que ela quisesse fazer. Ela disse: 'Só quero que ele não vá mais lá'. E foi o que eu fiz”, afirmou.
“Isso aqui é uma defesa porque o meu nome foi citado. Não é defesa a Otávio Mesquita, não é apoio a Juliana, não é um ataque a Juliana, não é um ataque a Otávio Mesquita, não é uma defesa a Juliana, não é uma defesa a Otávio Mesquita. Essa é uma defesa ao meu nome, ao nome do diretor do programa e da produção do programa”, afirmou Danilo.
No final do vídeo, Gentili fez críticas ao que chamou de “militância seletiva”, após ser acusado por Juliana de ter se omitido. “Não dá para dizer que você é negra e pobre porque você não é. Você ganhou bastante dinheiro, e eu fiquei feliz em te dar uma carreira”, declarou, completando: “todo mundo que vira militante, enfia uma faca nas suas costas”.
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