A humorista e ex-assistente de palco do programa The Noite, do SBT, Juliana Oliveira, utilizou suas redes sociais, nessa terça-feira (15), para se pronunciar, pela primeira vez, sobre a denúncia de estupro que fez contra o apresentador Otávio Mesquita, referente a um episódio ocorrido em 2016.
Por meio de um vídeo publicado em seu perfil no Instagram, a comunicadora afirmou que ainda não havia se manifestado anteriormente porque estava se recuperando psicologicamente do ocorrido, já que ficou bastante abalada. Segundo Juliana, desde que o caso se tornou público, ela tem sido alvo de ataques.
No decorrer do vídeo, a humorista detalhou o episódio envolvendo Otávio Mesquita. Ela afirmou que, no dia do ocorrido, estava previsto que o apresentador desceria de ponta-cabeça em uma estrutura do programa e que, junto a ele, ela o ajudaria a ficar de pé após a ação. No entanto, Juliana garantiu que não havia sido combinada nenhuma interação em que o comunicador apertasse suas partes íntimas.
“No ao vivo, o cara já chegou com as duas mãos na minha bunda, no meu peito, eu dei um chega pra lá nele, mas ele não parava. Quando ele desvirou foi pior ainda, ele me agarrou à força. Aquilo ali foi uma violência. Até a minha cabeça entre as pernas dele, ele colocou”, disse Juliana.
Juliana ainda negou as declarações de Otávio Mesquita que, inicialmente, disse que a brincadeira teria sido combinada. Ela afirmou que nada daquilo foi consentido e que se sentiu desconfortável e violentada com a situação.
Reclamações
A humorista declarou ter reclamado do caso, na época, ao apresentador Danilo Gentili e ao diretor do The Noite. Como resposta, Juliana afirmou que a produção decidiu nunca mais convidar Otávio Mesquita para o programa de Gentili a partir daquele episódio. Mesmo com a proibição, a ex-assistente afirmou que era comum Mesquita “invadir” o programa para gravar registros dos bastidores do talk show, destinados ao programa que comanda no SBT.
Quando Otávio aparecia, ela conta que era “escondida no banheiro” pela produção do The Noite, para que não tivesse contato com ele: “eu era trancada no banheiro como se a culpada fosse eu. É como se a criminosa fosse eu”.
Acusação de negligência
Juliana continuou o pronunciamento declarando que só começou a compreender, de fato, o que havia acontecido com ela em 2020, após ver Danilo Gentili, defender a humorista Dani Calabresa, que acusou Marcius Melhem de assédio sexual.
A comunicadora contou que em nova conversa com Gentili e com o então diretor do programa, foi aconselhada a levar o caso para o alto escalão do SBT, porém temia perder o emprego. Após deixar a emissora em 2024, a humorista expôs o caso à direção do canal e alegou ter sido ignorada pela diretora-geral da emissora, Daniela Beyruti.
“Eu fiz uma denúncia para uma empresa comandada por mulheres e nem ao menos elas me ouviram. Eu fiz todo o procedimento. Eu nunca quis que isso se tornasse público. Eu só levei para a Justiça porque o SBT não fez porr* nenhuma!”, afirmou Juliana.
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