O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), deve ampliar sua influência no Governo Lula ao indicar um segundo nome para chefiar um ministério. A movimentação ocorre após o líder do União Brasil na Câmara, deputado Pedro Lucas (MA), desistir oficialmente de assumir o Ministério das Comunicações, pasta que se encontra vaga desde a saída de Juscelino Filho (União-MA), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e outros crimes relacionados ao desvio de emendas parlamentares.
Alcolumbre já tem sob sua indicação o ministro Waldez Góes, titular da pasta de Integração e Desenvolvimento Regional. Essa área possui relevância estratégica, pois é responsável pela Codevasf, estatal que, nos últimos anos, tem sido destino de volumosos repasses de emendas parlamentares.

A possibilidade de uma segunda nomeação fortalece o capital político do senador dentro da estrutura do Executivo. A substituição de Juscelino Filho ocorre em meio a uma crise entre o União Brasil e o governo.
A desistência de Pedro Lucas é vista como uma tentativa de impedir que o comando da bancada da Câmara ficasse nas mãos de um nome mais alinhado à oposição, o que poderia comprometer ainda mais o já limitado apoio do partido às pautas do Planalto. O impasse evidenciou disputas internas e a instabilidade da base aliada.
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