Izabella Furtado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tornou-se alvo de um pedido de moção de repúdio na Câmara dos Deputados após participar das celebrações do “Dia da Vitória”, em Moscou, na Rússia. O evento, que marca a vitória soviética sobre o nazismo na Segunda Guerra Mundial, contou com a presença de 19 líderes considerados autocratas e ditadores, entre eles Nicolás Maduro (Venezuela), Xi Jinping (China) e Miguel Díaz-Canel (Cuba).
A solicitação da moção de repúdio foi apresentada pelo deputado federal Sanderson Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara, e encaminhada à Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (CREDN). No requerimento, Zucco acusa Lula de desrespeitar os valores democráticos ao comparecer a um evento com forte carga simbólica soviética e de propaganda de guerra.
“Lula não apenas envergonha o Brasil: ele agride frontalmente os princípios da política externa brasileira, como a prevalência dos direitos humanos e a defesa da paz”, afirma o documento. O parlamentar também ressalta que a participação do presidente brasileiro representa uma afronta à ordem internacional, uma vez que o evento é visto como ferramenta de propaganda do regime de Vladimir Putin para legitimar as ações militares da Rússia na Ucrânia.
Sanderson Zucco critica duramente a presença de Lula no evento, destacando que “não é possível sustentar um discurso de neutralidade enquanto se desfila ao lado de um agressor internacional”, em referência à guerra na Ucrânia. Segundo ele, a postura compromete a credibilidade do Brasil como mediador em conflitos internacionais.
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