Com a proximidade da instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que vai investigar supostas irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) articulam, nos bastidores, para impedir que um parlamentar ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) assuma a relatoria dos trabalhos.
A movimentação se intensificou após a confirmação do senador Omar Aziz (PSD-AM), aliado do Palácio do Planalto, como presidente da comissão. A definição do relator — cargo que caberá à Câmara dos Deputados — tornou-se o novo foco da disputa política.

Parlamentares governistas defendem que o posto seja ocupado por um deputado do centrão, considerado mais alinhado ao Executivo, com o objetivo de evitar que a relatoria fique nas mãos da oposição. A intenção é garantir equilíbrio na condução das investigações e minimizar o impacto político de um eventual relatório com viés crítico ao governo.
Segundo aliados do presidente, o fato de o comando da comissão não estar com o PT justifica a busca por equilíbrio no cargo de relator.
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