Nessa segunda-feira (31), a SpaceX, empresa aeroespacial de Elon Musk, lançou uma inédita viagem pela órbita polar da Terra. A ação batizada de Fram2 conta com uma tripulação formada por quatro astronautas, que devem permanecer entre três e cinco dias no espaço. O grupo realizará 22 experimentos científicos durante o voo, sendo eles o monitoramento dos níveis de radiação no interior da cápsula e a exposição individual de cada astronauta.
Estão a bordo o empresário de criptomoedas Chun Wang, cidadão maltês nascido na China, que financiou a missão; a cineasta norueguesa Jannicke Mikkelsen; a engenheira elétrica e cientista polar alemã Rabea Rogges; e o explorador polar australiano Eric Philips.

A missão seguiu para o sul, ao contrário do que é habitual nos lançamentos espaciais norte-americanos, que seguem em direção ao leste ou nordeste. A espaçonave sobrevoou áreas como a Flórida e Cuba, assim, a cápsula Dragon percorrerá uma rota voltada às regiões polares. A escolha permite que a espaçonave sobrevoe todas as regiões do planeta, característica útil para observação da Terra e coleta de dados climáticos. Essa configuração nunca havia sido utilizada por missões com tripulação.
Outro destaque da missão é o estudo conduzido pela empresa FOODiQ Global, que busca cultivar cogumelos-ostra durante o voo. A CEO da empresa, dra. Flávia Fayet-Moore, explica que os cogumelos são ideais para missões espaciais de longa duração, por serem resistentes, de rápido crescimento e capazes de produzir vitamina D quando expostos à luz ultravioleta, um nutriente importante no combate à perda óssea enfrentada por astronautas.
O nome escolhido, Fram2, foi em homenagem ao navio norueguês Fram, usado pelo explorador polar Roald Amundsen em sua jornada histórica rumo ao Polo Sul, entre 1910 e 1912.
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