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Colunista Feitosa Costa
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Caso Fernanda Lages: Namorado nega versão de amigas e polícia identifica autor de mensagem


Convocado para novo depoimento depois que amigas íntimas de Fernanda Lages Veras disseram que  ela havia rompido o namoro que mantinha há 10 meses, o comerciário paulista de São Bernardo do Campo Pablo Bruno Vital, 19 anos, sustentou a revelação inicial que fez a ao delegado Mamede Rodrigues, afirmando que quem acabou o relacionamento foi ele porque a garota "bebia e saia muito". Confirmou ter estado com Fernanda cerca de 21 horas do dia 24 de agosto, véspera da morte, no estacionamento da Novaunesc, quando ela lhe pediu para reatar e que tivesse paciência porque pretendia mudar. A polícia também identificou o autor da mensagem que foi passada às 7h03min da quinta-feira, dia 25, pouco depois da estudante ter sido encontrada morta no prédio em acabamento do Ministério Público Federal.

Apesar de abatido, o comerciário, que segundo levantamentos da polícia havia declarado várias vezes que amava a garota, não caiu em contradição, sustentando que naquela noite, depois de conversar com a ex-namorada, foi para sua casa, localizada na rua Firmino Pires, no centro de Teresina.

Autor da mensagem

Considerada "debochativa" no inicio da investigação, a mensagem passada para um dos celulares de Fernanda ("foi embora meu amozinho") teve sua autoria identificada: um rapaz conhecido como Ricardo esteve ontem na sede da comissão que investiga o crime organizado, na zona sul de Teresina, e admitiu ser o autor do texto que deixou a polícia e muita gente intrigada durante vários dias.

Ricardo disse que era amigo de Fernanda, que gostava muito dela e se colocou à disposição para ajudar nas investigações.O delegado Paulo Nogueira, que comanda as investigações, deverá chamá-lo novamente nos próximos dias, procedimento que tem adotado toda vez que há discrepância entre as pessoas que estão sob observação.Quanto ao teor da mensagem, o rapaz disse ter sido uma maneira carinhosa de lamentar a ausência da moça no ambiente em que eles haviam estado com vários outros amigos.
Imagem: ReproduçãoFernanda Lages com amigas(Imagem:Reprodução)Fernanda Lages com amigas

Daniel Said

Os investigadores ouviram pela segunda vez Daniel Said, um rapaz que mora no bairro Aeroporto, que esteve na boate Cenário na madrugada de quinta-feira, dia 25 de agosto,  e que foi ao "Bar do Pernambuco", onde voltou a ver Fernanda, sem ter contato com ela nesta ocasião, e sim quando voltou de uma incursão à avenida Boa Esperança, no bairro São Joaquim, onde existe um conhecido ponto de encontro. Ele admitiu ter voltado e se despedido de Fernanda Lages à porta do carro dela.

A exemplo de outras pessoas, Daniel, que não é considerado um suspeito em potencial, deve voltar a prestar esclarecimentos perante o delegado Paulo Nogueira.

Vigilante

Ontem, quinta-feira, foi "um dia puxado nas investigações". Seis pessoas foram ouvidas. O depoimento mais longo foi do vigilante Edson, da Servisan, que fazia a segurança em toda a área do prédio do Ministério Público Federal desde às 6 horas da noite de quarta-feira, dia 24, até às 6 horas da quinta, dia 25. Durante 3 horas de perguntas e pequenos intervalos, Edson sustentou não ter visto nem ouvido nada.

O vigia da construção do TRT, pela qual Fernanda deve ter passado ( sozinha ou acompanhada) para alcançar o prédio do MPF, foi novamente ouvido. Domingos Pereira da Silva Santos, de 54 anos, continua com dificuldades para garantir se com a garota havia alguém.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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