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Colunista Feitosa Costa
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Fernanda Lages não aprovava amigos recentes que usavam droga rara


Em meio às investigações sobre a morte de Fernanda Lages Veras, ocorrida no inicio da manhá do dia 25 de agosto deste ano, no edificio que sediará o Ministério Público Federal, localizado na avenida João XXIII, foram encontrados indicios de que um grupo de pessoas que tinha se aproximado da estudante de direito mais recentemente, estava consumindo um tipo de droga ilícita não muito comum no Piauí mas a garota não aprovava essa prática.

Os indicios não são de tráfico, só de consumo.O delegado Paulo Nogueira não fornece detalhes sobre a descoberta porque investiga se esse fato tem alguma ligação com a morte de Fernanda. É provavel que o delegado tenha passado para o colega da Delegacia de Entorpecente a missão de aprofundar a investigação nesse campo visando saber como esse tipo de droga está chegando ao Piauí.

Acareações

Durante o dia de ontem algumas pessoas foram ouvidas na Comissão Investigadora do Crime Organizado mas suas revelações permanecem sob sigilo. Dentro das próximas horas Paulo Nogueira promoverá uma acareação entre os vigias Domingos e Miguel, com o objetivo de descobrir o teor exato do diálogo que mantiveram por volta das 6 horas da manhã da morte quando o primeiro passou o serviço para o segundo. Existe uma discrepância, que embora pequena pode ser significativa.

O delegado Paulo Nogueira deve promover acareações também entre o vigilante da Servisan Edson Rodrigues e o operário José Vidal Junior, que estava dormindo no prédio onde Fernanda caiu ou foi jogada. Esse trabalho pode se estender aos operários Genilson Monteiro de Lima e José Francisco Feitosa. Foram os primeiros a chegar à obra.

Genilson foi quem avistou o corpo de Fernanda depois de ter feito alguns movimentos no terreo do prédio.

O vigilante Edson disse ao delegado que cerca de 5h30min ( Fernanda ingressou na área mais ou menos neste horário)  saiu da guarita interna que fica logo à entrada da construção e foi apagar uma luz na parte posterior do prédio, passando pelo saguão onde existem as entradas para as escadas. Quando voltou tirou uma brincadeira com o operário José Vidal, que ainda estava deitado: "acorda, rapaz". Tudo indica que neste momento a estudante já tinha entrado.

Edson, segundo seu relato, voltou para a guarita e neste instante chega o operário José Francisco Feitosa, um homem de 50 anos. Feitosa vai até o bebedouro localizado na parte posterior do edificio, enche uma garrafa dágua e vai até a guarita onde se encontra o vigilante. Na passagem de volta pelo saguão vê o operário José Vidal se movimentando já com a rede enrolada debaixo do braço e o cumprimenta.

Em seguida chega à obra Genilson Monteiro de Lima, que se dirige ao almoxarifado. Ele e Feitosa são responsáveis pela distribuição do café. Ao sair, Genilson avistou o corpo da garota.

Há cerca de três dias o delegado chamou essas quatro pessoas e lhes disse que esperava que se lembrassem de mais alguma coisa importante, que não tivessem medo de fazer revelações, que era a vida de uma menina que tinha sido tirada e precisava saber realmente o que tinha se passado naquela área em que eles se encontravam.

Paulo Nongueira tinha esperança de que algum deles resolvesse acrecentar mais alguma coisa aos depoimentos prestados mas não se sabe ainda se isto aconteceu.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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