Wellington Dias quer explicação sobre indefinição de vacina contra covid-19

O governador Wellington Dias conversou com a imprensa, na manhã desta segunda-feira (07), sobre a vacinação contra o novo coronavírus (covid-19), que já começou em alguns países como a Rússia. Ele criticou a falta de definição por parte do Governo Federal.

Wellington Dias disse que vai se reunir, juntamente com outros governadores, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tratar sobre a compra de vacinas. “Estou indo amanhã para Brasília com outros governadores, eu pedi em nome do Fórum dos Governadores do Brasil e do Consórcio Nordeste uma agenda com ministro Pazuello porque não é razoável que o Brasil tenha ainda uma situação de muitas indefinições”, afirmou.

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• Foto: Lucas Dias/GP1Governador Wellington Dias

“Se nós já temos vacinas como a de Oxford, a vacina Astrazeneca, já testada no Brasil, que tem uma agência reguladora como a do Reino Unido que é parte da Organização Mundial da Saúde onde o Brasil também é parte, a OMS já tirou procedimento que aprovado por uma das agências reguladoras, por ela credenciada, é praticamente no automático o reconhecimento, se nós temos a Fiocruz preparada, pronta para produzir essa vacina em condições de entregar o mais rápido possível 40 milhões de doses que permite vacinar as pessoas com mais de 60 anos, com comorbidades, do sistema de saúde, de segurança, as que vão trabalhar na vacinação, ou seja, as que estão em maior risco, se a gente pode evitar 20 mil mortes em um único mês porque que vamos esperar morrer 60 mil pessoas e esperar mais 90 dias?”, questionou o governador.

O governador disse ainda que assim como o estado está preparado para armazenar a vacina da Pfizer, outros estados também podem, além de lembrar da Coronavac. “Porque não se faz um trabalho com vacina da Pfizer? Se o Piauí se preparou e pode armazenar a vacina da Pfizer qualquer lugar do Brasil pode, a vacina Coronavac, da China, também está pronta, já está sendo utilizada, a equipe da Anvisa foi a China, já avaliou, pode entregar mais 40 milhões de doses, se nós podemos vacinar com a primeira dose quase a totalidade dos brasileiros até abril porque esperar até dezembro? É algo que não é racional”, criticou Dias.

“É isso que nós, governadores, estamos apresentando, queremos discutir com o Congresso, com o Poder Executivo, com o Supremo, se há uma legislação e o Brasil precisa cumprir, pode sim, o Supremo decidir que estamos autorizados a comprar essas vacinas. Se não vai ser pelo Governo Federal, nós, os estados, vamos encontrar um caminho, o Congresso Nacional está lá para votar uma fonte de recursos que garante ou pelo estado ou pelo Programa Nacional de Imunização a compra de vacinas. É um caminho que tem objetivo de salvar vidas, colocar a vida em primeiro lugar esse é o nosso objetivo”, finalizou.

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