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Economia e Negócios

Bolsa fecha em alta de 2,5% e dólar cai para R$ 5,46

Mercado respira aliviado com a informação de que o ministro da Economia não tem a pretensão de deixar a pasta, mas cenário fiscal ainda preocupa.

A Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, ampliou os ganhos no final da tarde desta terça-feira, 18, para fechar com ganho consistente de 2,48%, aos 102.065,35 pontos, apoiada pela permanência do ministro da Economia, Paulo Guedes, no governo, após declaração feita na última segunda. O clima de bom humor também ajudou o câmbio e fez o dólar fechar com queda de 0,55%, a R$ 5,4666.

O "fico" de Paulo Guedes e o reiterado compromisso do presidente Jair Bolsonaro com o teto de gastos gerou alívio no mercado hoje. Na última segunda-feira, 17, o ministro da Economia disse que nenhum dos atos dos últimos dias conseguiu abalar a confiança que existe entre ele e Bolsonaro. Guedes também disse que em "momentos decisivos", o presidente sempre o apoiou. Contudo, ainda há certa desconfiança em como fica a agenda liberal do governo, após a debandada da equipe econômica.

Nesse cenário, ajuda também o reiterado compromisso dentro do governo de trabalhar pela manutenção do teto de gastos. Além de Bolsonaro ter sinalizado o desejo em não burlar a regra, hoje, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, disse que o governo irá retomar a agenda de ajuste fiscal que foi interrompida na pandemia e defendeu ainda a criação de ações que fortaleçam o teto para além de 2023. "A agenda estrutural precisa ser retomada e agora ela é mais importante que nunca", disse.

Os participantes desse mercado observaram ainda os bastidores das reuniões trimestrais de diretores do Banco Central com analistas do mercado financeiro. Enquanto na última segunda a discussão se centrou na questão fiscal, hoje, no primeiro encontro, economistas - especialmente dos grandes bancos - pontuaram que a autarquia poderia ter deixado a Selic no nível de 2,5% por um prazo maior para ter observado melhor seu impacto sobre a economia.

Câmbio

No câmbio, um resquício de temor fiscal chegou a provocar alta do dólar, mas a desvalorização do ativo no exterior, somada a uma melhora do cenário fiscal e político do País, ajudaram a moeda a acalmar os ânimos. O índice DXY, que mede o dólar contra divisas fortes, tocou a mínima em dois anos hoje mais cedo.

Esta baixa global do dólar, aliás, sustentou a alta do contrato futuro do ouro no exterior. Hoje, a onça-troy do metal precioso para dezembro subiu para US$ 2.013,10, uma alta de 0,72%.

Bolsas do exterior

As tensões entre EUA-China continuaram no radar dos asiáticos e os índices ficaram sem sinal único. O sul-coreano Kospi caiu 2,46% com o aumento de casos da covid-19 no país, enquanto o japonês Nikkei cedeu 0,20% e o Taiex recuou 0,65% em Taiwan. Já os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto subiram apenas 0,36% e 0,49% cada e o Hang Seng teve alta marginal de 0,08% em Hong Kong. Na Bolsa australiana, o ganho foi de 0,77%.

O aumento de casos do coronavírus também preocupa o velho continente, que ainda observa atento o impasse pela aprovação de novos estímulos nos Estados Unidos e o impasse entre as duas maiores potências do mundo - com isso, o Stoxx 600 encerrou em baixa de 0,56%. Londres caiu 0,83%, Frankfurt teve baixa de 0,30% e Paris cedeu 0,68%. Já Milão, Madri e Lisboa recuaram 0,52%, 0,66% e 0,62% cada.

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