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Economia e Negócios

Volkswagen negocia corte de funcionários em suas fábricas no Brasil

Empresa alega a necessidade de 'adequação do seu número de empregados ao nível atual de produção'.

A Volkswagen do Brasil iniciou na terça-feira, 18, negociações com os sindicatos de trabalhadores das quatro fábricas que o grupo tem no País para adequar o quadro de pessoal à atual demanda do mercado enfraquecida, em razão da crise provocada pela pandemia do coronavírus. A empresa emprega ao todo 15 mil funcionários e, segundo os dirigentes sindicais que participaram do encontro, o excedente seria de 35%, ou seja, cerca de 5 mil pessoas.

Porta-voz da empresa afirmou ser precipitado falar de números na medida em que a empresa está disposta a negociar medidas de flexibilização que incluem redução de salários e de benefícios como Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale transporte e convênio médico e corte de reajustes salariais. Também não descarta abrir planos de demissão voluntária (PDV).

Em nota, a empresa confirma o processo de negociação e cita medidas de flexibilização e de revisão dos Acordos Coletivos vigentes. Alega a necessidade de “adequação do seu número de empregados ao nível atual de produção, com foco na sustentabilidade de suas operações no cenário econômico atual, muito impactado pela pandemia do novo coronavírus”

A montadora cita, inclusive, dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), de que a produção de veículos da indústria brasileira deve cair 45% neste ano e a recuperação do mercado, com queda prevista de 40% em relação a 2019, é projetada só para 2025.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde está a maior fábrica do grupo, com 8 mil trabalhadores, informou que a direção da entidade terá reuniões constantes com a empresa nos próximos dias para tentar evitar cortes. O Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba informou que aguarda um próximo encontro com executivos da empresa, provavelmente na segunda-feira, para discutir o assunto.

A fábrica paranaense do grupo fica em São José dos Pinhais. A Volkswagen também tem unidade de automóveis em Taubaté e de motores em São Carlos, ambas no Estado de São Paulo. A Volkswagen é a segunda montadora que mais vende carros no País, atrás da General Motors.

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