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Economia e Negócios

Vamos renovar o auxílio por mais dois ou três meses, diz Paulo Guedes

Ministro afirmou que o benefício deve ser prorrogado até o lançamento do novo Bolsa Família.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que “possivelmente” o governo vai renovar por mais “dois ou três meses” o auxílio emergencial. Em participação em evento virtual da Frente Parlamentar do Setor de Serviços, Guedes disse que, logo depois, será lançado o novo Bolsa Família.

"Os governadores brasileiros estão dizendo que em dois ou três meses a população brasileira adulta está toda vacinada, então vamos renovar por dois ou três meses o auxílio e logo depois entra o novo Bolsa Família, já reforçado".

Na segunda-feira, 7, o Estadão/Broadcast mostrou que o governo tem planos de estender o auxílio emergencial por dois meses, até setembro, nos mesmos valores de R$ 150 a R$ 375 e com igual alcance em termos de público. Atualmente, o auxílio contempla cerca de 39,1 milhões de brasileiros.

Para bancar a prorrogação, a equipe econômica deve abrir um crédito extraordinário de aproximadamente R$ 12 bilhões. O valor vai reforçar os cerca de R$ 7 bilhões que ainda estão disponíveis dentro dos R$ 44 bilhões já destinados ao programa e que não foram usados porque o número de famílias na nova rodada ficou abaixo do inicialmente projetado.

O crédito extraordinário banca despesas emergenciais e fica fora do teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação. A extensão da ajuda a vulneráveis é uma forma de manter a assistência às famílias em um cenário de risco de agravamento da pandemia de covid-19 e também evita um “vácuo” até o lançamento da nova política social permanente do governo.

No desenho atual, a última parcela do auxílio emergencial é prevista para julho deste ano. No entanto, fontes do governo afirmam que “alguma prorrogação é razoável”, dado que o número de casos e óbitos pela doença parou de cair. Além disso, a extensão da ajuda dará maior conforto até a vacinação mais ampla da população.

A prorrogação deve ocorrer por medida provisória. A necessidade de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para isso, aventada anteriormente, perdeu força porque esse tipo de crédito já fica fora do teto, e há espaço na meta fiscal (que permite rombo de até R$ 247,1 bilhões no ano) para acomodar o gasto adicional.

Programa de qualificação de jovens

Durante o evento desta terça, o ministro disse ainda que o programa de qualificação de jovens que o governo pretende lançar vai levar a uma redução “muito rápida” no desemprego.

“O jovem durante processo de treinamento custa mais barato para empresa e adquire habilidades. O setor de serviços será decisivo, elas já estão encomendando 20 mil, 30 mil jovens para treinamento”, afirmou.

Segundo Guedes, o ministério continua com previsão de crescimento “conservadora” de 4% a 5% na economia deste ano e disse que, com a vacinação, o País caminha para dias melhores. “O Brasil está conseguindo acelerar vacinação com o ministro Queiroga”, disse, em referência ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que depõe nesta terça à CPI do Covid.

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