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Economia e Negócios

Jair Bolsonaro anuncia início das obras do Linhão de Tucuruí

Segundo o presidente, a obra que vai ligar Manaus a Boa Vista deve ser concluída em menos de três anos.

O presidente Jair Bolsonaro anunciou no início da tarde desta quarta-feira, 29, o início da construção do linhão de Tucuruí, que vai ligar Manaus (AM) e Boa Vista (RR). Detalhes serão informados às 16 horas, em evento no palácio do governo de Roraima, mas o chefe do Executivo já adiantou, em discurso na capital do Estado, a duração estimada das obras: menos de três anos.

Como mostrou o Estadão, a construção foi autorizada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) sem um acordo básico e obrigatório do processo de licenciamento do projeto: definir as compensações socioambientais aos milhares de indígenas da região. De acordo com o presidente, a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, está cuidando da questão.

"Ontem à noite, o último obstáculo para o início das obras foi vencido. E nós temos uma pedra aqui do lado, a pedra fundamental para o início da construção do linhão", afirmou Bolsonaro durante seu pronunciamento.

O governo buscava destravar as obras do linhão desde 2019, sem sucesso. Durante análise da medida provisória que permitiu a privatização da Eletrobras, o Planalto deu outra sinalização de querer continuar o projeto e aceitou emenda que permitia à União iniciar as obras uma vez concluído o Plano Básico Ambiental - Componente Indígena (PBA-CI), traduzido na língua originária e apresentado aos indígenas afetados pelo projeto.

Leiloado em setembro de 2011, o linhão concedido à Transnorte, formada por Eletronorte e Alupar, nunca saiu do papel. A obra, planejada para conectar o Estado de Roraima ao sistema elétrico nacional, deveria ter sido entregue em 2015, mas as empresas não conseguiram sequer iniciar o empreendimento por impasse com comunidades indígenas. Do total de 720 km do traçado previsto para ser erguido, 122 km passam na terra indígena Waimiri Atroari, onde estão 31 aldeias e vivem cerca de 1.600 pessoas.

Roraima é o único Estado brasileiro que não está integrado ao sistema elétrico do País. Desde março de 2019, o fornecimento de energia depende completamente de usinas térmicas movidas a óleo diesel, devido ao fim do contrato que o governo brasileiro mantinha com a Venezuela. O custo do combustível é subsidiado pela Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) e rateado por todos os consumidores do Brasil.

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