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Economia e Negócios

Paulo Guedes diz que ideia do Governo é acabar com IPI a médio prazo

O ministro também destacou a aprovação dos projetos que trazem redução de impostos sobre combustíveis.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira, 11, que o Brasil deve, no médio prazo, acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) como forma de "aprofundar a cadeia produtiva".

"Estamos fazendo é exatamente melhorar o ambiente de negócios, reduzir os impostos. A médio prazo, é acabar com o IPI para permitir esse aprofundamento da cadeia produtiva brasileira", declarou em coletiva de imprensa após o lançamento do Plano Nacional de Fertilizantes, no Palácio do Planalto. Segundo o ministro, a ideia é reduzir impostos que desindustrializaram o Brasil.

O Governo já fez um movimento nesse sentido no dia 25 de fevereiro, quando decretou a redução de 25% no IPI para a maior parte dos produtos, incluindo armas e bebidas. A única exceção foram os cigarros, que pagam tributo de 300%.

Durante solenidade no Palácio do Planalto nesta manhã, Guedes também destacou a aprovação pelo Congresso Nacional dos projetos que trazem redução de impostos sobre combustíveis. Segundo ele, as medidas permitirão ao Brasil absorver os "primeiros choques" da guerra da Rússia contra a Ucrânia.

"Com projetos de combustíveis, amenizamos o primeiro choque. É uma guerra, sofremos impacto. O Brasil vai crescer. O mundo inteiro vai sofrer, mas já estamos reagindo", afirmou.

O Senado e a Câmara aprovaram na noite desta quinta-feira, 10, o projeto que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis. Pela proposta, que deve ser sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro, o ICMS, principal fonte de arrecadação dos Estados, deverá ser cobrado sobre o litro do combustível e não mais sobre o preço final do produto. Além disso, o modelo de cobrança deverá ser monofásico, em apenas uma etapa da comercialização, e não em toda a cadeia até o posto de gasolina.

Outro projeto aprovado na quinta, mas só pelo Senado, cria uma conta de estabilização dos preços dos combustíveis no País, incluindo um auxílio para motoristas de baixa renda e a ampliação do vale-gás pago a famílias carentes. O texto ainda terá que passar pelo crivo dos deputados. A cúpula da Câmara, no entanto, já sinalizou que a matéria não entrará na pauta por enquanto.

Inflação

O ministro da Economia voltou a apostar em uma queda da inflação em 2023. "A inflação vai subir de novo ano que vem? Não, vai descer, porque agimos primeiro, antes dos outros países", disse Guedes durante a entrevista coletiva no Planalto.

"Inflação é política monetária e fiscal. O fiscal está zerado. A monetária está no lugar, então deve cair (a inflação). O que acontece é que, quando vem outro choque desse tipo, fertilizantes, petróleo, é mudança de preços relativos. Preço dos fertilizantes sobe, preço do petróleo sobe um pouco, mas outros preços não sobem, até caem. E a inflação desce. É isso que a gente espera", disse Guedes.

De acordo com o ministro, a desaceleração dos preços vai ocorrer porque houve elevação da taxa de juros e redução de impostos. "Zeramos o déficit, subimos os juros, desaceleramos o crescimento esse ano e esperamos que a inflação caia", afirmou.

O IBGE divulgou nesta sexta o IPCA, índice oficial de inflação no País, do mês de fevereiro, que teve alta de 1,01%, quase o dobro da taxa de 0,54% registrada em janeiro. O resultado foi o mais elevado para meses de fevereiro desde 2015. A inflação acumulada em 12 meses subiu a 10,54%, ante uma meta de 3,5% perseguida pelo Banco Central este ano.

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