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Economia e Negócios

Lucro do Banco do Brasil bate recorde e atinge R$ 7,8 bilhões

Resultado do banco também superou o dos privados, Itaú, Bradesco e Santander, entre abril e junho.

O Banco do Brasil encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões, um aumento de 54,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado do banco foi impulsionado tanto pelas margens quanto pelas receitas com serviços, mas também pela deterioração mais contida dos ativos na comparação com os pares privados. O lucro do BB foi recorde para um trimestre, além de ter ficado acima dos resultados dos pares privados – Bradesco, Santander e Itaú – no período.

Nas receitas, o banco colheu R$ 17,06 bilhões em margem financeira bruta, que mede os ganhos com operações que rendem juros. É uma alta de 18,9% em um ano, puxada pelo crescimento tanto dos resultados com as operações de crédito quanto pela tesouraria, item em que o BB também contrariou os bancos privados, que encolheram neste indicador.

A margem com crédito foi de R$ 26,2 bilhões, 45% maior que no mesmo intervalo de 2021, diante do repasse da alta da taxa Selic aos empréstimos, tendência que tem sido seguida por todos os bancos. O resultado da tesouraria, por sua vez, foi de R$ 7,45 bilhões, alta de 136,2% em um ano, e alta de 27,2% em um trimestre. De acordo com o banco, o ganho veio com o incremento da carteira de títulos de renda fixa.

As receitas com serviços somaram R$ 7,85 bilhões entre abril e junho, alta de 8,9% no comparativo anual, e de 4,3% no trimestral. Segundo o BB, o avanço é fruto principalmente do desempenho na administração de fundos, hoje a maior receita do banco com serviços, e que subiu 17,5% em relação a 2021. Ao fim de junho, a carteira de crédito ampliada do banco público era de R$ 919,5 bilhões, saldo 19,9% maior que no mesmo mês de 2021, e 4,1% acima do registrado em março.

Força do agronegócio

O crescimento foi puxado pelas operações destinadas ao agronegócio, segmento em que o banco é líder, e que avançaram 27,3% no período. Segundo a instituição, 46% das operações são consideradas ambientalmente sustentáveis. Neste ano, o BB começou a operar o maior Plano Safra da história, com R$ 200 bilhões para o agronegócio, volume 48% maior que o da safra anterior. Os desembolsos se iniciaram em julho, e de acordo com o banco, até agora, já foram emprestados R$ 27,4 bilhões.

Ao final do segundo trimestre, o BB tinha R$ 2,09 trilhões em ativos, um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado. O patrimônio líquido do banco encostou em R$ 156 bilhões, alta de 7% em um ano. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) ajustado, chamado pelo BB de RPSL, foi a 20,5%, alta de 6,2 ponto porcentual.

Ao longo dos últimos trimestres, o BB vinha buscando uma redução da diferença de rentabilidade entre seu balanço e os dos pares privados. Com o resultado do trimestre, ultrapassou o Santander e o Bradesco e ficou atrás somente do Itaú, que apresentou rentabilidade de 20,8% no período.

Olhando adiante

Após resultado recorde de R$ 14,4 bilhões no acumulado do primeiro semestre, 44,9% maior que o do mesmo período do ano passado, o Banco do Brasil revisou para cima as projeções para o lucro, as margens e as receitas com serviços neste ano. No lucro líquido, a perspectiva do BB para o fechamento do passou da faixa de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões para o intervalo entre R$ 27 bilhões e R$ 30 bilhões.

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