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Mais de 100 brasileiros já deixaram a Ucrânia, diz Itamaraty

De acordo com o Itamaraty, os principais destinos dos migrantes são a Polônia e a Romênia.

O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira, 1º, que mais de cem brasileiros já conseguiram deixar a Ucrânia, na medida em que as tropas russas avançam sobre o território e se aproximam da capital, Kiev. O órgão responsável pela chancelaria brasileira também afirmou que outros 13 cidadãos do Brasil estão em regiões fronteiriças em busca de deixar o solo ucraniano.

De acordo com o Itamaraty, os principais destinos dos migrantes são a Polônia e a Romênia, onde contam com apoio da diplomacia nos dois países para serem trazidos de volta ao Brasil. O espaço aéreo ucraniano está interditado por causa dos bombardeios constantes e do tráfego de caças militares. O governo federal deslocou duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para ficarem posicionadas em países vizinhos “de prontidão para auxiliar no resgate”.

As pessoas que pretendem fugir do conflito devem, portanto, se dirigir às fronteiras mais próximas para serem trazidos de volta ao Brasil. O Itamaraty estima que ainda restam cerca de 80 brasileiros em solo ucraniano, mas que pretendem sair do País. A estimativa foi feita com base na lista de registros da embaixada brasileira na Ucrânia.

O Ministério da Defesa russo afirmou nesta terça-feira que vai atacar os serviços de segurança e as unidades de operações especiais da Ucrânia. O aviso foi dado para que civis se afastem dessas regiões. A Rússia justifica a investida como forma de evitar “ataques de informação”.

Dados do Itamaraty indicam a presença de aproximadamente 500 brasileiros na Ucrânia, antes do início do conlito.

“O apoio das Embaixadas prevê a possibilidade de resgate quando as condições permitirem, privilegiando sempre implementar a retirada segura e ordenada de nossos nacionais”, diz a nota emitida pela pasta.

Ainda segundo a chancelaria brasileira, o grupo de trabalho “Brasileiros na Ucrânia" e a Embaixada do Brasil no país seguem tentando localizar e contatar os cidadãos brasileiros. Outras embaixadas na região também estão envolvidas na força tarefa de repatriação, “com vistas a verificar a situação pessoal de todos, as condições de segurança nos locais onde estão abrigados e a possibilidade de eventual evacuação”.

A embaixada brasileira montou uma estrutura com voluntários na cidade Lviv, a oeste de Kiev, próximo da fronteira com a Polônia, para auxiliar brasileiros na estação de trem a se deslocarem com segurança aos países vizinhos.

Outro ponto estratégico de atuação dos funcionários da diplomacia do Brasil é a estação de Chernivtski, perto da fronteira com a Romênia.

As embaixadas do Brasil nas capitais da Polônia (Varsóvia) e da Romênia (Bucareste) também prestam apoio aos brasileiros que chegam a esses países para que possam se deslocar no território de maneira segura e em direção à capital de cada país. Em nota, o Itamaraty informou que os funcionários foram instruídos a questionar se os cidadãos de origem brasileira têm interesse em serem repatriados./Weslley Galzo

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