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Ucrânia acusa Rússia de remover civis à força para pressionar Kiev

Estima-se que mais de 400 mil pessoas tenham sido levadas contra sua vontade para o país invasor.

A Ucrânia acusou Moscou de remover à força centenas de milhares de civis de cidades ucranianas destruídas pela Rússia para pressionar Kiev a desistir, enquanto o presidente Volodmir Zelenski instou seu país a manter sua defesa militar e não parar “nem por um minuto”.

Liudmila Denisova, comissária de Direitos Humanos da Ucrânia, disse que 402.000 pessoas, incluindo 84.000 crianças, foram levadas contra sua vontade para a Rússia, onde algumas podem ser usadas como “reféns” para pressionar Kiev a se render.

O Kremlin deu números quase idênticos para aqueles que foram realocados, mas disse que todos queriam ir para a Rússia. As regiões do leste da Ucrânia, controladas pelos rebeldes, são predominantemente de língua russa, e muitas pessoas apoiam laços estreitos com Moscou.

Com a guerra entrando no segundo mês, os dois lados trocaram golpes no que se tornou uma batalha de desgaste. A Marinha da Ucrânia disse que afundou um grande navio de desembarque russo perto da cidade portuária de Berdiansk, usado para trazer veículos blindados. A Rússia alegou ter tomado a cidade oriental de Izium após combates.

Zelenski usou seu discurso noturno em vídeo para convocar os ucranianos a “avançar em direção à paz, avançar”. “A cada dia de nossa defesa estamos nos aproximando da paz de que tanto precisamos. Não podemos parar nem por um minuto, pois cada minuto determina nosso destino, nosso futuro, se vamos viver”.

Ele disse que milhares de pessoas, incluindo 128 crianças, morreram no primeiro mês da guerra. Em todo o país, 230 escolas e 155 jardins de infância foram destruídos. Cidades e vilarejos “jazem em cinzas’', disse ele.

Em uma cúpula de emergência da Otan em Bruxelas na quinta-feira, 24, Zelenski pediu por vídeo aos aliados ocidentais aviões, tanques, foguetes, sistemas de defesa aérea e outras armas, dizendo que seu país está “defendendo nossos valores comuns”.

O presidente dos EUA, Joe Biden, que está na Europa para a cúpula da Otan e outras reuniões líderes europeus, garantiu que mais ajuda estava a caminho, embora pareça improvável que o ocidente desse a Zelenski o que ele queria por medo de desencadear uma guerra mais ampla.

Ao redor da capital, Kiev, e em outras áreas, os defensores ucranianos combateram as tropas terrestres de Moscou a um quase impasse, levantando temores de que um frustrado presidente russo, Vladimir Putin, recorra a armas químicas, biológicas ou nucleares.

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