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Equador propõe texto na ONU pedindo solução pacífica para disputa entre Venezuela e Guiana

O documento também enfatizou a importância do respeito às regras do direito internacional.

Em uma reunião fechada do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) realizada nesta sexta-feira, o Equador apresentou uma proposta de texto que insta Venezuela e Guiana a buscarem uma solução pacífica para a disputa sobre o território de Essequibo. O documento também enfatiza a importância do respeito às regras do direito internacional no processo de resolução da disputa.

Durante a reunião, não houve uma manifestação oficial do colegiado, mas os membros discutiram a situação atual, incluindo um histórico da longa disputa territorial entre os dois países sul-americanos. O Equador propôs um texto de declaração do Conselho sobre o tema, o qual será submetido à análise e negociação entre os integrantes do Conselho de Segurança. Segundo fontes, trata-se de uma proposta de declaração e não de uma resolução formal.

A iniciativa equatoriana surge em meio às recentes ações tomadas pelo ditador venezuelano Nicolás Maduro, que, em um evento comemorativo do "Dia da Lealdade", assinou decretos relacionados às medidas anunciadas após um referendo sobre a anexação de Essequibo, território que historicamente tem sido objeto de disputa entre a Venezuela e a Guiana. Maduro designou Alexi José Rodríguez Cabello como autoridade única do Estado de Guiana Essequiba e nomeou Delcy Rodríguez como "chefe suprema da Alta Comissão de Defesa de Essequibo".

A Guiana, por sua vez, expressou sua intenção de levar a disputa territorial ao Conselho de Segurança da ONU para buscar medidas apropriadas. Essa declaração do presidente da Guiana, Irfaan Ali, intensifica a tensão na região.

A situação foi ainda mais agravada pelos exercícios militares anunciados pelos Estados Unidos na Guiana, classificados pelo regime venezuelano como uma "infeliz provocação". O governo dos EUA justificou os exercícios como parte do fortalecimento da parceria de segurança com a Guiana, gerando preocupações sobre um aumento da tensão militar na região de Essequibo e seus arredores.

O Conselho de Segurança da ONU, agora diante dessa proposta equatoriana, terá a responsabilidade de avaliar e negociar uma declaração que possa contribuir para a resolução pacífica dessa disputa territorial de longa data.

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