Acusados pelo assassinato do major Mayron são ouvidos em audiência

Está sendo realizada nesta terça-feira (18) uma audiência de instrução e julgamento referente ao caso do major Mayron Moura Soares, que era comandante do 1ª Batalhão da Polícia Militar do Piauí, e foi assassinado em março deste ano. Na ocasião serão ouvidos os acusados pelo crime Iranilson Pereira dos Santos e Wallison Jhonatan Rodrigues de Sousa, além das testemunhas de acusação e defesa.

A audiência é comandada pela juíza Junia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 4ª Vara Criminal de Teresina. O promotor Antônio Moura é responsável pelo processo de acusação e arrolou sete testemunhas, sendo um deles o filho do major Mayron e mais seis policiais militares. A defesa dos réus apresentaram mais cinco testemunhas.

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• Foto: Lucas Dias/GP1Junia Bezerra e Antônio Moura

O GP1 tentou falar com as testemunhas de acusação, mas elas preferiram não gravar entrevistas. Afirmaram apenas que esperam por justiça e questionadas sobre estarem novamente na presença dos acusados, um dos policiais afirmou que a sensação é de ver “um inseto”.

O promotor Antônio Moura destacou que após a realização da audiência, a juíza Junia pode dar a sentença em até um mês. “Essa audiência é convocada para colher toda a prova oral. Hoje serão ouvidas inicialmente as testemunhas de acusação e depois as de defesa. Em seguida os acusados serão ouvidos. Depois abre-se a fase de diligências, depois as partes farão as alegações finais e o no final a juíza profere a sentença. Hoje é apenas a instrução com a oitiva”, explicou

O promotor afirma que estava no plantão da custódia quando os acusados foram presos e acredita que não há dúvidas sobre o crime. “A autoria está comprovada. Eu por coincidência participei da audiência de custódia desses dois acusados, e lá não negaram os fatos. Um deles estava monitorado, o que facilitou a identificação deles como autores do fato. Para o Ministério Público não há nenhuma dúvida. Na dosimetria da pena uma das questões que são levadas pelo juiz é a conduta de cada um, claro que aquele que atirou deve ter uma reprimenda maior do que aquele que pilotava a motocicleta. Existe a informação que ele teria tentado matar o filho da vítima, o que também será levado em consideração, assim como o fato de ambos já responderem em ações penais. No caso do latrocínio, a pena mínima já começa com 20 anos , podendo chegar ao 30 anos”, destacou.

• Foto: Lucas Dias/GP1Promotor Antônio Moura

Recentemente Iranilson Pereira dos Santos e Wallison Jhonatan Rodrigues de Sousa tiveram os pedidos de habeas corpus negados pela juíza Junia Bezerra. Iranilson está preso na Casa de Custódia e Wallison, que foi o responsável pelo disparo, está na penitenciária de Altos.

• Foto: Lucas Dias/GP1Sala de Audiência