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Interrogatório do marqueteiro do PT é remarcado para hoje

Ele e a mulher, Mônica Moura, deveriam depor ontem, mas o depoimento dela extrapolou o tempo.

Imagem: Roberto AlmeidaClique para ampliarJoão Santana(Imagem:Roberto Almeida)João Santana
Foi remarcado para esta quinta-feira, 25, o interrogatório do marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT), João Santana, investigado e preso na 23ª fase da Operação Lava Jato. Ele e a mulher, Mônica Moura, deveriam depor ontem, mas como o depoimento dela extrapolou o tempo, a audição será hoje. O depoimento de Mônica durou três horas.

A investigação contra eles trata da não declaração de contas nos exterior, derivadas de campanhas eleitorais. Segundo O G1, a suspeita é que eles tenham desviado 7,5 milhões de dólares da Petrobras para bancar a campanha de Dilma (2010 e 2014) e a reeleição de Lula (2006).

De acordo com as investigações, três milhões de dólares teriam sido pagos pela empreiteira Odebrecht entre os anos de 2012 e 2013. E os outros 4,5 milhões de dólares pelo engenheiro Zwi Skornicki entre 2013 e 2014. O engenheiro, apontado como o “cabeça” do esquema também foi preso na 23ª fase, chamada de Operação Acarajé – batizada com esse nome porque era assim chamado o dinheiro irregular pelos investigados.

Além deles, outros dois presos nessa operação devem ser ouvidos pela Polícia Federal, uma funcionária da Odebrecht, Maria Lúcia Tavares e o administrador de uma consultoria financeira também ligada à empreiteira, Vinícius Veiga Borin.

O casal foi detido na última terça-feira (23) em São Paulo após se entregarem a Polícia Federal, quando retornavam da República Dominicana e encaminhados a Curitiba. A prisão deles é temporária com prazo de cinco dias, devendo ser soltos no sábado (27), podendo também ser prorrogada por mais cinco dias ou convertida em preventiva (sem tempo determinado).

Valores não declarados

Ainda de acordo com o G1, segundo um levantamento, o patrimônio de João Santana aumentou em dez anos (2004-2014) de um milhão de reais para R$ 59 milhões, valores esses não declarados na Receita Federal. Além disso, parte do dinheiro do publicitário não passou pelas contas bancárias dele. Em 2013, um apartamento comprado por R$ 3 milhões também não foi declarado.

Defesa

O advogado de defesa, Fábio Toufic, afirma que eles são “publicitários de formação” de renome internacional e trabalham com marketing político em vários outros países além do Brasil, portanto o dinheiro citado não seria de campanhas eleitorais brasileiras.
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