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Teresina - Piauí

Mais de 200 famílias temem ser despejadas em ocupação no Dirceu

Segundo o líder da ocupação, Rafael Dias, as famílias estão no terreno há nove meses e alegam que o local estava abandonado.

Lucas Dias/GP1 1 / 17 Polícia Militar está na ocupação de terreno na zona sudeste de Teresina Polícia Militar está na ocupação de terreno na zona sudeste de Teresina
Lucas Dias/GP1 2 / 17 Oficial de Justiça, Alexandre Oliveira Oficial de Justiça, Alexandre Oliveira
Lucas Dias/GP1 3 / 17 Casa da ocupação no bairro Dirceu Casa da ocupação no bairro Dirceu
Lucas Dias/GP1 4 / 17 Famílias podem deixar a ocupação ainda hoje Famílias podem deixar a ocupação ainda hoje
Lucas Dias/GP1 5 / 17 Coronel Júlia Beatriz Coronel Júlia Beatriz
Lucas Dias/GP1 6 / 17 Ocupação de terreno no bairro Dirceu em Teresina Ocupação de terreno no bairro Dirceu em Teresina
Lucas Dias/GP1 7 / 17 Pelo menos 213 famílias podem ficar desalojadas Pelo menos 213 famílias podem ficar desalojadas
Lucas Dias/GP1 8 / 17 Promotora aposentada, Leida Diniz Promotora aposentada, Leida Diniz
Lucas Dias/GP1 9 / 17 Promotora aposentada Leida Diniz negocia com a Coronel Júlia Beatriz Promotora aposentada Leida Diniz negocia com a Coronel Júlia Beatriz
Lucas Dias/GP1 10 / 17 Moradores de ocupação no bairro Dirceu podem deixar terreno Moradores de ocupação no bairro Dirceu podem deixar terreno
Lucas Dias/GP1 11 / 17 Moradores de ocupação na zona sudeste de Teresina Moradores de ocupação na zona sudeste de Teresina
Lucas Dias/GP1 12 / 17 Polícia Militar pode ajudar desocupação de terra no bairro Dirceu Polícia Militar pode ajudar desocupação de terra no bairro Dirceu
Lucas Dias/GP1 13 / 17 Rafael Dias, líder da ocupação Rafael Dias, líder da ocupação
Lucas Dias/GP1 14 / 17 Policiais militares estão no local Policiais militares estão no local
Lucas Dias/GP1 15 / 17 Moradores tentam negociar com a Polícia Militar Moradores tentam negociar com a Polícia Militar
Lucas Dias/GP1 16 / 17 Ocupação no bairro Dirceu, zona sudeste de Teresina Ocupação no bairro Dirceu, zona sudeste de Teresina
Lucas Dias/GP1 17 / 17 Moradores de ocupação no bairro Dirceu podem ser retirados do local Moradores de ocupação no bairro Dirceu podem ser retirados do local

A Polícia Militar foi acionada na manhã desta quinta-feira (22), para acompanhar uma ordem de desapropriação da ocupação Anselmo Dias, em um terreno localizado na Avenida Joaquim Nelson, bairro Dirceu, zona sudeste de Teresina. Ao todo, 213 famílias vivem no local.

De acordo com o líder da ocupação, Rafael Dias, as famílias estão no terreno há nove meses e, antes disso, o local servia apenas para depósito de lixo e desova de cadáveres. “Há mais de 40 anos essa área que nós ocupamos só servia para terreno baldio, para desova de cadáveres, roubos, assaltos e há nove meses nós resolvemos ocupar. Colocamos as famílias e, neste momento, uma empresa que comprou a terra conseguiu liminar para retirar essas 213 famílias. Temos 15 crianças especiais, com microcefalia, muitos idosos e nós estamos com a decisão do juiz da 1º Vara da Fazenda, porque nosso advogado pediu a suspensão da ordem de desapropriação. Estamos aqui lutando por moradia, pacificamente, e vamos continuar resistindo”, afirmou.

Segundo o oficial de Justiça, Alexandre Oliveira, a Justiça já deu a decisão final, que é a desocupação do local. “Já houve uma liminar que foi suspensa e agora foi dada a decisão final para a desocupação imediata. A decisão tem que ser cumprida hoje e estamos aguardando as pessoas tirarem as coisas deles e colocarem nos caminhões, que foi dado pelo proprietário do terreno para eles fazerem a mudança”, disse ele.

A Coronel Júlia Beatriz, do gerenciamento de crises da Polícia Militar, está no local tentando negociar com os populares. “Temos uma ordem de reintegração de posse. A Polícia está aqui para garantir que o oficial de Justiça faça o cumprimento dele da melhor forma possível. A negociação vem sendo realizada desde o início da ocupação. Nós esperamos que o cumprimento da ordem seja feito da melhor forma possível. Tem uma liderança comunitária que está incentivando a resistência. Nós vamos esperar um tempo, mas se eles não colaborarem, nós teremos que desocupar”, ressaltou.

Para a promotora aposentada, Leida Diniz, é preciso que haja uma negociação com os poderes. “Constitucionalmente, direito à habitação é um direito concreto, coletivo e que deve ser respeitado. Uma decisão judicial que vise desalojar sem antes procurar uma condição de alocação segura e digna de um povo pobre, sem teto, que vive na economia informal e com 15 crianças com microcefalia, não é justiça. Nós propomos uma mesa de negociação entre os poderes estadual, municipal, o Ministério Público, a Defensoria Pública e a Comissão dos moradores, pois o direito à vida, a dignidade, a educação, a saúde e a habitação são direitos constitucionais e não podem ser violados”, destacou a promotora.

O terreno possui 1500 metros quadrados e abriga atualmente 213 famílias, que podem ser desalojadas até o fim do dia. Os populares alegam que não vão sair do local até um posicionamento do advogado da ocupação, Pablo Cavalcante, que está recorrendo na Justiça para derrubar o decreto de reintegração de posse.

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