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Política

Presidente Jair Bolsonaro recomenda a apoiador ‘esquecer o PSL’

Ele falou sobre o presidente do seu partido com homem que afirmou ser pré-candidato no Recife.

O presidente Jair Bolsonaro deu indícios nesta terça-feira, 8, de que pode deixar o PSL, sigla pela qual se elegeu no ano passado. Ao ser abordado por um apoiador na porta do Palácio da Alvorada, em Brasília, pediu a ele que “esquecesse” o partido e afirmou que o presidente da legenda, o deputado Luciano Bivar (PE), "está queimado para caramba".

O partido é alvo de disputas internas e sua bancada na Câmara está dividida, com ameaça de debandada. O comando de Bivar é contestado por aliados de Bolsonaro, que tentam tomar as rédeas da sigla tendo em vista as eleições municipais do ano que vem.

A declaração de Bolsonaro para “esquecer” o partido ocorreu após um apoiador abordá-lo dizendo ser pré-candidato no Recife (PE) pelo PSL. O presidente costuma atender quem o espera na porta do Alvorada, pela manhã, para conversar e tirar fotos. Logo após a abordagem, Bolsonaro cochichou em seu ouvido: "Esquece o PSL".

Ainda assim, o homem gravou um vídeo junto ao presidente em que diz: "Eu, Bolsonaro e Bivar, juntos por um novo Recife". Bolsonaro, então, pediu para que ele não divulgasse a gravação. "Oh, cara, não divulga isso não. O cara (Bivar) está queimado para caramba lá. Vai queimar o meu filme também. Esquece esse cara, esquece o partido", disse.

A conversa foi gravada por um outro apoiador que também aguardava o presidente no local e publicada no canal do YouTube "Cafezinho com pimenta". Jornalistas são proibidos pela segurança presidencial de ficar no mesmo local dos apoiadores.

Assim que o presidente repreendeu o rapaz, ele respondeu que iria esquecer o PSL e gravou um novo vídeo, mas desta vez sem citar o nome do partido e do dirigente. "Viva o Recife, eu e Bolsonaro". Na segunda-feira, 7, em conversa com jornalistas, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, afirmou que não havia da parte do presidente nenhuma "formulação com relação a uma suposta transição de partido".

Procurado, Bivar não retornou até a publicação deste texto.

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