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Salve Rainha: Moaci nega ter bebido antes de acidente e pede perdão

Ele assumiu que excedeu a velocidade da via e que chegou a ver o Fusca onde os irmãos estavam, mas não conseguiu desviar e acabou os atingindo em cheio.

O estudante Moaci Moura da Silva Júnior, acusado de matar os integrantes do coletivo Salve Rainha, os irmãos Francisco das Chagas Júnior e Bruno Queiroz, disse nesta quarta-feira (04), durante seu julgamento no Tribunal do Júri, que não havia ingerido bebida alcoólica no momento em que acabou colidindo no veículo onde estavam os irmãos Bruno e Júnior, além do jornalista Jader Damasceno, único sobrevivente da colisão.

Ele relatou que foi convidado por um amigo para ir até o Restaurante Pernambuco, onde chegou por volta de 19h30 e deixou o local às 23h15. “Acordei cedo, trabalhei até meio-dia. Recebi o convite de um amigo, Luciano, para ir ao Pernambuco. Disse que não queria ir, mas acabei me convencendo e fui umas 19h30. Quando cheguei no Pernambuco encontrei as amigas, colegas, conhecidas. Sentei na mesa, comi um espetinho, um arrumadinho, fiquei sentado conversando e por volta de 23h, 23h15 eu vim embora”, afirmou Moaci.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Moaci JúniorMoaci Júnior

Moaci continuou relembrando os instantes que antecederam a colisão e assumiu que excedeu a velocidade da via, mas que chegou a ver o Fusca onde os irmãos estavam, porém, não conseguiu desviar e acabou os atingindo em cheio.

“No último sinal me deparo com um fusca branco. Não deu tempo de desviar. Quando houve a colisão, imediatamente o airbag abriu no meu rosto soltando um pó, da bolsa do airbag. Tirei o cinto de segurança, saí do carro desorientado, com o braço quebrado, fui até as vítimas. Muita fumaça no local, só dava para ouvir o barulho do motor do fusca. Quando volto para meu veículo, em frente, chega uma viatura da polícia. Imediatamente, pedi para entrar urgente naquela viatura porque estava começando a chegar pessoas que queriam me linchar. Estava muito atordoado, só queria avisar a minha família”, relatou.

  • Foto: Alef Leão/GP1Moaci JúniorMoaci Júnior durante seu julgamento no Tribunal do Júri

Moaci pediu perdão às vítimas

Em determinado momento do depoimento, Moaci Júnior chorou e pediu perdão ao pai das vítimas, ao Jader e a própria família, e chegou a relatar que conhecia os irmãos que acabaram morrendo. “Perdão a família do seu Chagas, ao Jader, minha família e a toda a sociedade de Teresina. Não saí de casa com a intenção de fazer mal a ninguém. Foi uma fatalidade. Eu conhecia o Juninho e o Bruno, moravam no Bela Vista. Eu morava no Parque Piaui e minha prima morava no Bela Vista, sempre que tinha aniversário da minha prima eu encontrava com ele no Bela Vista e conversava. Inclusive, ele foi padrinho de casamento da minha prima. Conheço o Salve Rainha desde 2007. Frequentei, começou na ponte, foi parar na rua Climatizada, depois voltou para a ponte de novo e sempre que eu encontrava o Chagas, o Juninho, a gente conversava”, ponderou.

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