A Polícia Civil do Piauí prendeu, na tarde desta sexta-feira (23), a influenciadora digital L.G.R., de 19 anos, conhecida como “Lalazinha”, suspeita de integrar uma organização criminosa com atuação em Teresina. A prisão foi realizada pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas ( DRACO ), no âmbito da Operação Faixa Rosa , que integra o Pacto Pela Ordem .
Lalazinha estava foragida da Justiça e foi localizada em um sítio na zona rural da capital, às margens da BR 343, onde acontecia o evento “Fazenda 3”, que reunia influenciadores digitais da cidade. Entre os blogueiros que estavam no evento estão Lokinho e Brenda Raquel Ferreira , que já foram presos no âmbito da Operação Jogo Sujo, por divulgação de jogos de azar, e foram conduzidos com outros influenciadores para a sede do DRACO.
"Identificamos que ela ia participar de um reality organizado nas proximidades da capital, aqui na zona rural, em uma mansão. Então, representamos por uma medida cautelar de busca e apreensão, fomos cumprir essa medida e quando nós chegamos lá, efetuamos a prisão da foragida. Também apreendemos uma certa quantidade de entorpecentes", informou o delegado Charles Pessoa.

Segundo a Polícia Civil, festas como essa têm sido utilizadas por facções como espaços de articulação, ostentação e recrutamento simbólico por meio das redes sociais. Lalazinha ganhou notoriedade nacional como uma das chamadas “blogueiras do crime”, por divulgar conteúdos relacionados à facção que integra, incluindo fotos com armas, drogas e mensagens afrontando as autoridades. Para a polícia, ela exercia um papel estratégico ao usar sua influência digital para glamorizar o crime e atrair jovens.
“A prisão representa mais um avanço da Operação Faixa Rosa. A atuação dessa influenciadora nas redes sociais tinha como objetivo fortalecer simbolicamente a organização criminosa, principalmente entre o público jovem”, afirmou o delegado Charles Pessoa , coordenador do DRACO.
A prisão de 'Lalazinha' foi cumprida sem resistência e ela foi conduzida à sede do DRACO, onde os procedimentos foram adotados. A operação contou com apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (BEPI), da Polícia Militar.