O apoio formal às negociações da Convenção Tributária da ONU, com uma referência à taxação de "super-ricos", deve ser declarado por países-membros do Brics. A agenda é defendida pelo Brasil desde a presidência do G20 no ano passado.
Neste sábado (05), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a obtenção de um consenso entre países do grupo. Ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais devem fazer parte da declaração de apoio.

"Trata-se de um passo decisivo rumo a um sistema tributário global mais inclusivo, justo, eficaz e representativo. Uma condição para que os super-ricos do mundo todo finalmente paguem sua justa contribuição em impostos", justificou Haddad em discurso à imprensa.
A agenda liderada pela ONU, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Cooperação Internacional em Matéria Tributária, busca o combate à evasão fiscal e de maior cooperação entre as autoridades tributárias, além de mecanismos para taxar as altas rendas.
O momento entre o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Congresso Nacional se encontra muito tenso, por conta a alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da taxação de aplicações financeiras, como as LCAs e LCIs, que vão perder a isenção na cobrança de Imposto de Renda dos investidores.
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