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Teresina - Piauí

Hospital São Marcos emite nota sobre atendimentos oncológicos

Na nota, o Hospital esclarece que não deixará de realizar atendimento oncológico de alta complexidade, ou seja, pacientes em tratamento de câncer.

No final da manhã desta terça-feira (20), o Hospital São Marcos emitiu nota sobre a suspensão do tratamento de pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde – SUS. A informação sobre a medida foi divulgada na última sexta-feira (16) pela Fundação Municipal de Saúde, onde o presidente Silvio Mendes disse que a prefeitura deve assumir esse tipo de atendimento.

Na nota, o Hospital esclarece que não deixará de realizar atendimento oncológico de alta complexidade, ou seja, pacientes em tratamento de câncer. “Atendimento de alterações do quadro clínico de pacientes oncológicos, como febres, mal-estar, dores no corpo, falta de ar, diarreias e sangramentos, podem ser feitos a contento pela rede de saúde pública municipal de baixa e média complexidades”, diz o trecho da nota.

Ainda de acordo com a nota, o hospital garante que o atendimento de alta complexidade, como cirurgias, por exemplo, será mais eficaz. “O Hospital São Marcos projeta-se para acolher e tratar melhor os procedimentos em alta complexidade. Assim, deixar de atender a baixa e média complexidade resultará em mais eficiência no tratamento oncológico de alta complexidade, razão principal da existência deste estabelecimento hospitalar”, conforme o texto.

Leia a nota na íntegra:

NOTA AO PÚBLICO

Diante de informações desencontradas sobre suspensão do tratamento de pacientes oncológicos pelo Sistema Único de Saúde, o Hospital São Marcos vem a público prestar os seguintes e necessários esclarecimentos:

Não houve nem haverá suspensão do tratamento oncológico de pacientes do SUS pelo Hospital São Marcos (HSM), que desde 1953 é a principal instituição especializada neste tipo de atendimento médico de alta complexidade e que responde por 99% de toda a demanda de tratamento oncológico no Piauí, incluindo procedimentos de baixa e média complexidade.

O esforço atual do HSM é no sentido de melhor qualificar o atendimento oncológico de alta complexidade.

O Hospital São Marcos ocupava 40% de sua capacidade instalada para atendimento de alterações do quadro clínico de pacientes oncológicos, como febres, mal-estar, dores no corpo, falta de ar, diarréias e sangramentos. Atendimentos a essas intercorrências podem ser feitos a contento pela rede de saúde pública municipal de baixa e média complexidades. Com atendimento a casos de baixa e média complexidade ocupando 40% de sua estrutura, o HSM acabava por criar uma demanda reprimida de pacientes necessitados de atendimento de alta complexidade, como radioterapia, quimioterapia e cirurgias, além das internações decorrentes desses procedimentos médicos. Ou seja, deixavam-se de atender pacientes com necessidades de procedimentos altamente especializados para acolhimento a pacientes que poderiam, como ainda podem, ser atendidos de modo bastante satisfatório em unidades de média e baixa complexidade.

O HSM ofereceu-se para dar apoio e qualificação às equipes médicas da rede de média e baixa complexidade do Município, de modo a que unidades de saúde de retaguarda possam acolher melhor pacientes que venham a apresentar intercorrências após os tratamentos oncológicos de alta complexidade a que se submetem no âmbito do Hospital São Marcos.

Ficam mantidos os atendimentos às intercorrências em crianças submetidas ao tratamento oncológico de alta complexidade no HSM, devendo pacientes adultos com sintomas de náuseas, diarréias, febres, dores no corpo ou sangramentos procurar unidades de saúde da rede pública.

Em todos Estados brasileiros, não há a concentração total do tratamento oncológico em uma só instituição, havendo para a média e baixa complexidade oncológica atendimento na rede pública parceira, exatamente para abrir espaço à melhoria do atendimento aos pacientes que carecem de procedimentos de alta complexidade.

É do conhecimento de todos que há um recorrente problema de subfinamento da saúde pública brasileira, que se abate sobremaneira sobre a alta complexidade. Há duas décadas que a tabela de procedimentos do SUS não tem reajuste. Nestas circunstâncias, convém que instituições como o Hospital São Marcos concentrem seus esforços na melhoria do atendimento a pacientes necessitados de quimioterapia, radioterapia e cirurgias, deixando que atendimentos de média e baixa complexidade sejam efetuados por instituições parceiras, como a rede pública municipal de saúde, a qual poderá se desincumbir desta tarefa com eficiência.

Devemos ainda lembrar que existe um aumento de demanda de tratamento oncológico de alta complexidade face ao envelhecimento populacional. Hoje, 12% dos piauienses têm mais de 60 anos de idade – algo em torno de 390 mil pessoas. Com isso, o Hospital São Marcos projeta-se para acolher e tratar melhor este público, na sua função principal, que são os procedimentos em alta complexidade. Assim, deixar de atender a baixa e média complexidade resultará em mais eficiência no tratamento oncológico de alta complexidade, razão principal da existência deste estabelecimento hospitalar.

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