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Teresina - Piauí

Juiz manda soltar funcionários acusados de furtar Eqip Copiadoras

A decisão é do juiz Jorge Cley Martins Vieira, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, dada esta quarta-feira (25).

O juiz Jorge Cley Martins Vieira, da Central de Inquéritos da Comarca de Teresina, concedeu liberdade provisória para Hildomar Pereira da Silva, Carlos Reis da Silva Neres e Lucas Vinícius da Costa Pires, acusados de furtar e faturar em cima de peças da empresa Eqip Copiadoras Informática. A decisão foi dada nesta quarta-feira (25).

Nos autos, o magistrado considerou que o crime realizado pelos acusados não contém requisitos para a decretação de prisão preventiva, pois não evidencia gravidade, sendo que os acusados são primários e não apresentaram o uso de violência ou grave ameaça.

“Sendo assim, em que pese a gravidade do crime apurado, não vislumbro o preenchimento dos requisitos para a decretação da prisão preventiva, tendo em visto que a circunstância fática narrada não evidencia a gravidade concreta da conduta apta a ensejar a decretação da segregação cautelar dos mesmos. Visto que entendo por bem a prisão ser decretada apenas em ultima ratio, observando a primariedade, bons antecedentes e a ausência de violência ou grave ameaça”, ressaltou.

  • Foto: Divulgação/PC-PIFuncionários presosFuncionários presos

Como a polícia chegou nos acusados

Em entrevista ao GP1, o chefe de Investigação do 1º DP, Nonato Martins, informou que a prisão dos funcionários da gráfica aconteceu após um dos integrantes do grupo criminoso enviar uma mensagem por engano para o gerente da empresa, assim foi descoberta a venda de peças.

“A prisão ocorreu mesmo na empresa e conseguimos chegar até eles devido a um dos integrantes do grupo que mandou uma mensagem para o suposto amigo dele, porém foi para o telefone do chefe da empresa e assim foi descoberto que eles estavam vendendo a mercadoria da empresa e faturando com isso. A empresa fornece cartucho para impressoras e trabalha com informática”, informou o delegado.

Faturamento de R$ 4 mil

O grupo era formado por pelo menos 12 funcionários, cada um faturava em torno de R$ 400 diariamente, somando o montante, os suspeitos arrecadavam mais de R$ 4 mil. “Lá por dia, eles faturavam em torno de R$ 400,00 cada acusado. A equipe era composta por em média 12 pessoas, então o faturamento chegava a mais de R$ 4 mil, que é um faturamento bem avançado. Só que no momento foram autuadas quatro pessoas, um receptador e três funcionários. Os outros funcionários aparecem na investigação porque foram citados pelos autuados, que são mais sete funcionários”, revelou.

Como o grupo agia

Conforme o chefe de investigação Nonato Martins, o grupo de técnicos era contratado por clientes que solicitavam o conserto de algum equipamento. Com isso, os acusados diziam que algumas peças estavam com problemas e eram pedidas novas peças, assim o grupo conseguia faturar com a venda.

“Os clientes contratavam a empresa para trocar alguma peça, aí então os técnicos acusados chegavam lá e inventavam outros defeitos no equipamento, condenando peças, mesmo elas não estando com problemas, todas continuavam funcionando, então eles pegavam a mercadoria e desviavam”, destacou.

Após a prisão, os suspeitos foram conduzidos para a Central de Flagrantes e em seguida foram direcionados para o 1º Distrito Policial, onde prestaram depoimento.

Outro lado

A gráfica Eqip Copiadoras Informática enviou ao GP1, na noite desta quarta-feira (25), nota de esclarecimento afirmando que o inquérito que investiga o caso possui várias linhas de investigação e que até o momento a única vítima do golpe é a própria empresa.

Confira abaixo a nota na íntegra:

Em atenção ao direito de resposta a Eqip Copiadoras informa que o inquérito policial acerca dos fatos narrados na matéria “três funcionários da Eqip Copiadoras são presos em flagrante” ainda está em andamento.

O vazamento de informações poderá inclusive prejudicar o trabalho da polícia. O que se pode afirmar é que o inquérito possui várias linhas de investigação e até o momento não se tem a comprovação de qualquer outra vítima do grupo senão a própria empresa posto que o desvio aparentemente ocorria nos estoques de tonner e peças da própria empresa.

Qualquer conclusão no sentido de que houve consumidores lesados é precipitada e temerária.

Ressaltamos a diligência e a eficiência do trabalho da polícia na elucidação do caso, portanto, todos os fatos serão devidamente esclarecidos ao final do inquérito.

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