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Teresina - Piauí

Saiba como atuavam membros do PCC presos pelo DHPP em Teresina

Todos são acusados de participação em diversos crimes violentos ocorridos na zona sul de Teresina.

Alef Leão/GP1 1 / 12 Homem preso na Operação Fragmentação I Homem preso na Operação Fragmentação I
Divulgação/Polícia Civil do Piauí 2 / 12 Janailton Sena Lima, vulgo “Pepeu”, encontra-se foragido Janailton Sena Lima, vulgo “Pepeu”, encontra-se foragido
Alef Leão/GP1 3 / 12 Delegado Danúbio Dias Delegado Danúbio Dias
Alef Leão/GP1 4 / 12 Operação Fragmentação I realizado pelo DHPP Operação Fragmentação I realizado pelo DHPP
Alef Leão/GP1 5 / 12 Duas mulheres foram presas durante a Operação Fragmentação I Duas mulheres foram presas durante a Operação Fragmentação I
Alef Leão/GP1 6 / 12 DHPP DHPP
Alef Leão/GP1 7 / 12 DHPP cumpriu mandatos de prisão em Teresina DHPP cumpriu mandatos de prisão em Teresina
Alef Leão/GP1 8 / 12 Operação do DHPP prende membros de facção criminosa em Teresina Operação do DHPP prende membros de facção criminosa em Teresina
Alef Leão/GP1 9 / 12 DHPP cumpriu mandatos de prisão em Teresina DHPP cumpriu mandatos de prisão em Teresina
Alef Leão/GP1 10 / 12 Danúbio Dias, Delegado Danúbio Dias, Delegado
Alef Leão/GP1 11 / 12 Duas mulheres foram presas Duas mulheres foram presas
Alef Leão/GP1 12 / 12 DHPP deflagra operação e prende membros de facção em Teresina DHPP deflagra operação e prende membros de facção em Teresina

Durante entrevista ao GP1 nesta terça-feira (05), o delegado Danúbio Dias, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), explicou como atuavam os membros da facção PCC presos na “Operação Fragmentação I”, deflagrada na manhã de hoje. Todos são acusados de participação em crimes violentos ocorridos na zona sul de Teresina.

Foram presos durante a operação Cléssio Gonçalves dos Santos, vulgo “Clessin”, Gleiciane Regina Nascimento Silva, vulgo “Gleyce” e Adrielly Rocha Sena, vulgo “Branquinha Surtada”. Também foram cumpridos mandados de prisão contra Wilson da Silva Barreto, vulgo “Nego Airton”, Roberth Miller Sousa Soares e Fernando Carvalho do Nascimento, vulgo “Japão”, que já se encontravam no sistema prisional. Um outro indivíduo, identificado como Janailton Sena Lima, vulgo “Pepeu”, encontra-se foragido.

Morte de empresário

Conforme o delegado Danúbio Dias, a investigação contra os membros dessa facção teve início após o latrocínio do empresário Ailton Dantas Saraiva, de 71 anos, morto a tiros durante um assalto no dia 7 de julho de 2020, no bairro Lourival Parente, zona sul de Teresina. A polícia descobriu durante investigações sobre a morte do empresário que os suspeitos faziam parte da organização criminosa responsável por vários crimes na zona sul de Teresina.

“A polícia tinha informações de que havia uma célula de uma facção criminosa atuando na zona sul de Teresina. Tínhamos parte desses membros identificados e durante a investigação do latrocínio do Seu Dantas, foram cumpridos mandados de busca, autorizados por ordem judicial. Essas autorizações nos permitiram acessar informações sigilosas. Depois que tivemos acesso a essas informações naquela investigação, descobrimos que, de fato, parte da família do então acusado, Nwego Airton, inclusive ele, integravam organização criminosa que atuava de forma organizada e estruturada na zona sul de Teresina, praticando crimes de homicídio, tráfico de drogas e tráfico de armas”, informou o delegado.

Morte de adolescente

Após a morte do empresário Ailton Dantas, o DHPP conseguiu identificar outro homicídio executado por pessoas do mesmo núcleo. Desta vez, Nego Airton e os demais suspeitos que foram presos na operação de hoje teriam participação na morte de um adolescente, José de Sousa do Nascimento Filho, de 16 anos, que foi baleado no dia 13 de setembro de 2020 e morreu no dia 19 de outubro do mesmo ano, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Conforme a Polícia Civil, o crime foi orquestrado pela facção de Nego Airton e seus familiares, o PCC, que seria rival da facção na qual José de Sousa do Nascimento Filho pertencia.

Como atuava a organização criminosa

O delegado Danúbio Dias explicou que cada membro preso na “Operação Fragmentação I” possuía sua função específica dentro da célula da facção criminosa.

“Ficou claro que era definida a estrutura da facção, ou seja, cada membro desempenhava a sua função. Havia indivíduos que cobravam dos integrantes cumprimento do que eles determinavam, aqueles indivíduos que praticavam os crimes violentos, nesse caso específico foi o crime de homicídio praticado contra José de Sousa do Nascimento Filho. A vítima foi baleada e veio a falecer no Promorar. Eles planejaram minuciosamente como a vítima deveria ser abordada, tinha o indivíduo que gerenciava as armas, esse indivíduo fornecia as armas para eles e havia outros indivíduos que nessa estrutura organizacional controlavam o acesso de quem poderia falar e a identificação deles, que são essas mulheres”, explicou.

Ainda conforme o delegado, as mulheres possuíam papel fundamental na organização da facção criminosa, fazendo o controle de quem poderia ter acesso às informações sobre o grupo. “Essas mulheres é quem faziam esse controle, administravam aquele grupo de conversa para definir quem era, se era de fato integrante da organização, porque o membro da organização era identificado e só poderia participar dessa conversa com autorização delas. Ficou claro que a finalidade deles era praticar crimes. As provas são robustas, todas com autorização judicial e essa organização precisava ser parada”, completou o delegado.

Acusados de mais homicídios

Janailton Sena Lima, vulgo “Pepeu”, que se encontra foragido, é acusado de participar do assassinato de José de Sousa do Nascimento Filho e de outro homicídio. Os membros da célula do PCC também são acusados de participar de mais outros dois homicídios ocorridos na zona sul de Teresina. A Polícia Civil do Piauí segue investigando o caso, com o intuito de realizar mais prisões.

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