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Teresina - Piauí

Advogado é preso com laboratório de drogas em mansão da zona leste de Teresina

Na mansão foram encontradas estufas para produção de “skunk”, haxixe e outros produtos.

Alef Leão/GP1 1 / 5 Mansão de advogado na zona leste de Teresina Mansão de advogado na zona leste de Teresina
Divulgação/PC PI 2 / 5 DEPRE estoura laboratório de drogas na zona leste de Teresina DEPRE estoura laboratório de drogas na zona leste de Teresina
Alef Leão/GP1 3 / 5 Polícia Civil na porta da mansão Polícia Civil na porta da mansão
Alef Leão/GP1 4 / 5 Polícia Civil desarticula laboratório de drogas na zona leste Polícia Civil desarticula laboratório de drogas na zona leste
Alef Leão/GP1 5 / 5 Medidor de energia da mansão foi checado pela Equatorial Medidor de energia da mansão foi checado pela Equatorial

A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Prevenção e Repreensão a Entorpecentes (DEPRE) desarticulou um laboratório de drogas e prendeu um advogado identificado como Carlos Alberto Rebousas em uma mansão no bairro Santa Isabel, na zona leste de Teresina, na manhã desta quinta-feira (04).

Em entrevista exclusiva ao GP1, o delegado Everton Férrer, da DEPRE, relatou que na mansão do advogado foram encontradas três estufas para produção de super-maconha, conhecida como “skunk”, haxixe e outros produtos que caracterizam um laboratório de drogas. O advogado utilizava identidade falsa e informou aos policiais que produzia as drogas para consumo próprio.

Foto: ReproduçãoCarlos Alberto Rebousas
Carlos Alberto Rebousas

“É uma residência de alto padrão, que ocupa praticamente um quarteirão. A gente recebeu informação anônima de que um advogado morava aqui e que dentro haveria plantações de maconha. A gente representou pela busca e apreensão e viemos cumprir hoje. Ao entrar na residência, encontramos três quartos utilizados como estufa, neles não encontramos planta, mas em outro quarto encontramos duas prensas, duas malas com maconha, balanças de precisão, encontramos haxixe e também confirmamos que o acusado usava nome falso. Chamamos a perícia, fizemos a confirmação de que se tratava de um local de cultivo de entorpecentes, e também chamamos a Equatorial para verificar se há furto de energia”, relatou o delegado.

De acordo com o delegado, a quantidade de drogas encontrada no local caracteriza a prática de tráfico, apesar do advogado relatar que seria para uso pessoal. “Ele afirma que a droga era para uso dele, que ele armazenava e deixava por um tempo, disse que não compensava comprar, que era melhor cultivar e produzir em larga escala para ficar usando ao longo de um período determinado. Mas pela quantidade, até pela prensa, pela forma como as drogas estão acondicionadas, é difícil deduzir que era para apenas uma pessoa. Para a gente a situação envolve um possível tráfico de drogas”, declarou.

Maconha líquida

Entre as drogas encontradas na residência do advogado, os policiais apreenderam uma espécie de maconha líquida que era produzida na mansão. “Ele mora há 15 anos aqui no estado, mas tem um mandado de prisão do Ceará com o nome verdadeiro, que estamos dando cumprimento também, junto com essa grande quantidade de drogas encontradas, inclusive em forma líquida. Ele conseguiu desenvolver uma metodologia que, segundo ele, fazendo cursos na internet, conseguia colocar a maconha em garrafas e bebia, encontramos até no azeite. Essa forma líquida foi encontrada na geladeira”, pontuou.

Comissão de prerrogativas da OAB acompanhou a prisão

Conforme a Polícia Civil, ao dar cumprimento ao mandado de busca e apreensão na residência, os policiais constataram que o nome utilizado pelo advogado, Carlos Alberto Rebousas, era falso. Esse mesmo nome foi utilizado por ele para emitir diploma e inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil - secção Piauí. Além disso, os policiais encontraram outras duas identidades com nomes distintos.

“Como era advogado, viemos com um representante da OAB, para acompanhar o procedimento. O que vai ser levantado vai ser encaminhado para a Comissão de Prerrogativas da OAB. Ele tirou o diploma, a OAB, tudo com esse nome falso aqui no Piauí. A gente levantou alguns dados, percebemos uma movimentação bastante pequena aqui em Teresina, não sabemos se ele exercia a advocacia em outro lugar”, disse o delegado.

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