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Teresina - Piauí

Câmera flagra assalto que resultou na morte de idosa em Teresina; vídeo

Maria de Jesus Pereira, de 67 anos, foi morta na noite dessa quinta-feira (13) com uma bala perdida.

Alef Leão/GP1 1 / 7 Maria Vitória Maria Vitória
Alef Leão/GP1 2 / 7 Maria Vitória, neta da vítima Maria Vitória, neta da vítima
Alef Leão/GP1 3 / 7 DHPP está investigando o caso DHPP está investigando o caso
Alef Leão/GP1 4 / 7 Banco onde o policial estava sentado Banco onde o policial estava sentado
Alef Leão/GP1 5 / 7 Rua onde aconteceu o assalto Rua onde aconteceu o assalto
Alef Leão/GP1 6 / 7 Câmera de segurança flagrou o assalto Câmera de segurança flagrou o assalto
Alef Leão/GP1 7 / 7 Rua do policial e da idosa Rua do policial e da idosa

O GP1 teve acesso às imagens de uma câmera de segurança que mostram o momento em que um policial civil, que não teve a identidade revelada, é abordado por dois bandidos em uma motocicleta e reage ao assalto que resultou na morte da idosa Maria de Jesus Pereira de Sousa Passos, de 67 anos, na noite dessa quinta-feira (13), na zona sudeste de Teresina.

No vídeo, é possível ver que o policial está sentado na porta da casa de um colega e há ainda uma segunda pessoa em pé, em frente ao portão, quando dois bandidos se aproximam em uma motocicleta. Um deles, desce do veículo e vai em direção ao policial e toma seu celular. Posteriormente, os dois saem na motocicleta, o policial então saca a arma, corre atrás dos bandidos e faz um disparo.

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A idosa, que não aparece nas imagens, estava sentada na porta de casa com a filha e a neta, cerca de 50 metros à frente, na mesma direção para onde os bandidos fugiram. No momento do disparo, Maria de Jesus Pereira é atingida abaixo do peito esquerdo, na lateral, e o projétil fica alojado no lado oposto, no ombro direito.

Neta narra detalhes do socorro a avó

Em entrevista ao GP1, Maria Vitória, neta da vítima, relatou que estava ao lado da avó quando ela foi atingida pelo tiro. "Estávamos sentadas nós três, minha vó, eu e minha mãe [na porta de casa]. Eu estava do lado da minha avó e o movimento na rua estava normal. No momento do disparo, a gente levou um susto e vi uma moto passando com dois caras em alta velocidade, e ela gritou: ‘ai meu Deus’, botou a mão no peito e tentou correr para dentro de casa, mas eu achei que ela só estivesse espantada, só que ela caiu no chão, não falou mais nada, e eu só vi o sangue escorrendo”, explicou Maria Vitória.

Segundo a neta da vítima, vizinhas contaram que o policial atirou ao reagir a um assalto. "As vizinhas disseram que viram um cara moreno, forte, que é policial, que estava tentando reagir a um assalto e que foi ele quem disparou", relatou.

Filha e neta da vítima iriam para Canindé com Maria de Jesus

"Eu moro em Brasília com minha mãe. Nós viemos visitá-la e tínhamos uma viagem marcada com ela para Canindé, no Ceará, na próxima segunda-feira. Ela estava bem, feliz. Agora, a gente espera que a Justiça seja feita, porque foi uma imprudência. Como é que um policial reage a um assalto tendo um monte de gente na rua? Ele não teve consciência quando atirou", desabafou Maria Vitória.

Policial civil se apresentou na Central de Flagrantes

O delegado Barêtta, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou nesta sexta-feira (14) que o policial civil se apresentou na Central de Flagrantes de Teresina e prestou depoimento ao delegado de plantão. Ele teve a arma apreendida. “Há a identificação da pessoa que efetuou o disparo, que sofreu uma tentativa de assalto e reagiu. Ele efetuou um disparo que, infelizmente, pode ter atingido essa senhora que não resistiu e morreu na UPA. Segundo consta, é um policial civil que se apresentou, imediatamente, na Central de Flagrantes e prestou depoimento esclarecedor à autoridade policial de plantão”, afirmou Barêtta.

Exame vai atestar de onde partiu o tiro

Em relação à definição, sobre de onde partiu o tiro que matou a idosa, se da arma do policial ou dos bandidos, o delegado enfatizou que somente o exame poderá apontar. “Nós vamos, inclusive, verificar se o projétil ficou alojado ou não, ele passará por exame de microcomparação balística com a arma do policial para verificar se o projétil foi realmente disparado pela arma do policial ou dos criminosos”, declarou Barêtta.

O policial foi liberado logo em seguida, mas será ouvido formalmente pela presidente do inquérito no DHPP, a delegada Nathália Figueiredo.

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