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Teresina - Piauí

Centro Esperança Garcia encerra parceria com a Prefeitura de Teresina

O centro atendia atualmente cerca de 450 mulheres em situação de violência doméstica, entre 18 e 59 anos.

Os serviços oferecidos pelo Centro de Referência da Mulher em Situação de Violência Esperança Garcia (CREG) foram encerrados na última sexta-feira (15). De acordo com informações da Ação Social Arquidiocesana (ASA), entidade responsável pela execução do serviço, a Prefeitura Municipal de Teresina encaminhou um ofício informando sobre a não renovação do termo de colaboração que garantia a continuidade das atividades desenvolvidas pelo local.

O CREG atendia atualmente cerca de 450 mulheres em situação de violência doméstica, com idades entre 18 e 59 anos. No local, além do acolhimento especializado, e do acompanhamento jurídico e psicológico, as mulheres assistidas participavam de práticas integrativas que as ajudavam a romper com o ciclo da violência doméstica, familiar e de gênero, tornando-as protagonistas de sua própria história.

Foto: Divulgação/AscomAssistência do Centro Esperança Garcia com vítimas de violência
Assistência do Centro Esperança Garcia com vítimas de violência

Outro lado

A Prefeitura de Teresina, por meio da Secretaria da Mulher se pronunciou, por meio de nota, sobre o fim da parceiria institucional na prestação de serviços para mulheres em situação de violência e vulnerabilidade..

Confira a nota na íntegra:

A Secretária Municipal de Políticas Públicas para Mulheres - SMPM, esclarece que o serviço de atendimento às mulheres vítimas de violência em Teresina não foi descontinuado. Em reunião com o Ministério Público, ASA e SMPM, ficou determinada a criação de um núcleo de atendimento para as mulheres, que deve funcionar em caráter temporário até a entrega da Casa da Mulher Brasileira, que irá abrigar esse serviço.

A SMPM está nos trâmites legais para a regularização do referido núcleo e aguarda a publicação no diário oficial do município.

Histórico

Em março deste ano, a ASA havia assinado um termo de colaboração com a Prefeitura de Teresina com validade de seis meses. Ao final do prazo, várias mensagens foram trocadas entre as instituições buscando a renovação do termo. Carla Simone, secretária executiva da ASA, revela que a decisão da não renovação do contrato partiu da própria Prefeitura, causando uma grande surpresa. “Nós lamentamos a descontinuidade do serviço e a forma desrespeitosa que tudo isso aconteceu, já que não houve tempo para que as mulheres atendidas durante esses oito anos fossem comunicadas e referenciadas para outro serviço”, pontua.

Como forma de garantir a privacidade das mulheres que passaram pelo local, a Ação Social Arquidiocesana manterá guardada de forma sigilosa toda a documentação sobre cada mulher atendida. Esses dados serão repassados posteriormente para a instituição que assumirá o serviço, garantindo que as assistidas não sejam revitimizadas.

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