Germana Chaves
A pré-candidata a Prefeitura de Teresina e ex-deputada estadual, Teresa Britto, não gostou de saber da tentativa do PT, liderado pelo presidente municipal Cícero Magalhaes, de interferir na composição da chapa proporcional do Partido Verde. Ela subiu o tom e avisou aos petistas que quem manda no PV é ela, juntamente com seu grupo político.
Sem papas na língua, Teresa afirmou que os petistas que acreditam que podem ‘meter a colher’ nas decisões do PV são desinformados e desconhecem as regras da federação, que é composta pelo PV, PT e também pelo PCdoB. Brito advertiu que resta ao PT acatar a composição proporcional que está sendo montada por sua sigla.
“No PT quem manda são eles, mas no PV quem comanda sou eu, somos nós do Partido Verde. Não queremos nenhuma interferência. Quem está falando esse tipo de coisa [barrar as filiações ao PV] é um desavisado, é um desinformando, que mostra não ter conhecimento da federação, não ter conhecimento da legislação. Só eles [petistas] podem chamar quem eles querem de vereador e interferir na legenda dos outros partidos? Eles têm é que se tocar. Não tem mimimi não, é aceitar", alfinetou Teresa.
Teresa Britto seguiu enquadrando os ‘aliados’ e ponderou que ainda cedeu para o Partido dos Trabalhadores uma das sete vagas proporcionais que o PV tem direito na federação. "Ninguém tira essas [seis] vagas do PV. Temos os nossos seis pré-candidatos”.
“Quem comanda o PV somos nós, não é o PT. Temos direito a sete vagas na federação, isso de acordo com a legislação vigente pelo percentual de votos que obtivemos em 2020. Ninguém tira essas vagas, mas fomos generosos e deixamos uma vaga para o PT, ficamos com seis e já temos os nossos seis pré-candidatos. Vamos fazer uma bancada de vereador alinhada ao partido, na qual vamos trabalhar as bandeiras do partido, trabalhar na reconstrução de Teresina e de muitos municípios do Brasil”, cravou Britto.
Nomes de peso
Apesar de Teresa Brito ter evitado citar nomes, o GP1 apurou que o vereador Neto do Angelim e o ex-vereador Caio Bucar podem ingressar na legenda verde. Os dois são grandes lideres da Capital e, pelo histórico, tendem a alcançar uma votação expressiva.
É justamente essa expressividade que tem levantado o temor do PT, que pretende eleger de sete a oito vereadores, mas pode ter esse projeto ameaçado com a chegada, na chapa do PV, de nomes competitivos.
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