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Teresina - Piauí

Polícia Civil indicia empresário Caio Cesar por fraude na venda de veículo em Teresina

Investigação foi conduzida pelo delegado Paulo Gregório, da 8ª Delegacia Seccional de Teresina.

A Polícia Civil do Piauí, por meio da 8ª Delegacia Seccional de Teresina, indiciou o empresário Caio Cesar da Silva Osterno e o corretor de veículos Emmanuel da Costa Rocha, pelo crime de estelionato, por uma negociação fraudulenta que resultou na venda de um veículo de modelo Volkswagen Nivus, com ordem judicial de busca e apreensão, no valor de R$ 61.831,40. O inquérito foi concluído neste sábado (12).

Segundo a investigação, o crime ocorreu em maio de 2024, quando as vítimas P. F. de C. S. A. e seu tio C. J. S. de C., adquiriram um veículo Volkswagen Nivus por mais de R$ 60 mil. A negociação foi realizada em um escritório localizado na Avenida dos Expedicionários. De acordo com os depoimentos, o veículo foi vendido por Caio Osterno, com intermediação de Emmanuel da Costa Rocha, que já conhecia uma das vítimas. A venda foi fechada com pagamentos via PIX e cartão de crédito.

Foto: Alef Leão/GP1Polícia Civil do Piauí
Polícia Civil do Piauí

Os valores foram divididos da seguinte forma: R$ 46.100 foram pagos por meio de transferências bancárias (PIX) para contas vinculadas a Camila Eduarda Pereira Lima, esposa de Emmanuel Rocha, e os R$ 15.731,40 restantes foram pagos em parcelas no cartão de crédito, destinados à empresa Viana Solar, também ligada ao intermediador. A vítima relatou que, após a compra, usou o veículo normalmente até o dia 12 de dezembro de 2024, quando foi surpreendido por um oficial de justiça com uma ordem de busca e apreensão emitida pela Justiça, relacionada a uma dívida anterior do automóvel.

As vítimas afirmaram que não foram informadas de forma clara sobre a situação judicial do carro e que acreditavam estar adquirindo um veículo regularizado. Conforme o inquérito, conduzido pelo delegado Paulo Gregório, os indiciados usaram meios fraudulentos para levar os compradores ao erro, omitindo que o automóvel estava prestes a ser apreendido por decisão judicial.

Durante os interrogatórios, Caio Osterno confirmou que o carro ainda possuía prestações a serem quitadas, mas alegou que as vítimas sabiam da situação e que a estratégia seria ajuizar uma ação revisional com apoio de um advogado indicado pelo próprio intermediador. Emmanuel Rocha, por sua vez, declarou que apenas intermediou a venda e que as vítimas sabiam que estavam adquirindo o ágio do veículo, sem a quitação completa. Ambos afirmaram que não houve intenção de enganar, mas a Polícia Civil entendeu que os elementos do estelionato estavam presentes.

A Polícia Civil concluiu o inquérito apontando que houve ardil, intenção dolosa e prejuízo financeiro às vítimas. O delegado indicou que os repasses do dinheiro para contas de terceiros, ligados diretamente ao corretor, demonstram uma tentativa de dificultar o rastreamento do dinheiro e mascarar a condição real do veículo. Diante das provas reunidas, os dois investigados foram formalmente indiciados e os autos foram remetidos ao Ministério Público, que deverá analisar a formulação de denúncia.

Outro lado

O empresário Caio Cesar da Silva Osterno e o corretor de veículos Emmanuel da Costa Rocha não foram localizados pela nossa reportagem. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

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