Rombo de R$ 3 bilhões pode adiar concurso da Guarda Municipal de Teresina, diz secretário

O secretário municipal de Segurança Pública de Teresina, coronel Wagner Torres, afirmou na manhã desta quinta-feira (08) que o rombo de R$ 3 bilhões nas contas da Prefeitura pode comprometer a realização do concurso público da Guarda Civil Municipal (GCM) ainda este ano.

“Ontem todos tomamos conhecimento desse rombo, algo que ninguém sabia. Agora, precisamos aguardar para entender o que vai acontecer, se o concurso realmente será realizado ou não”, declarou o secretário.

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Foto: Lucas Dias/GP1

Coronel Wagner Torres

Mudança de nome

Durante a entrevista, Wagner Torres também falou sobre o projeto de autoria do vereador Dudu (PT), que propõe a mudança do nome da Guarda Municipal. Segundo o secretário, há uma grande chance de o projeto ser vetado.

“Eu acredito que será vetado. A GCM e o Comando de Operações da corporação se reuniram na última segunda-feira com alguns vereadores e participaram de uma sessão na Câmara. Eles cobraram interlocução para destravar recursos adicionais que, segundo representantes da categoria, estão bloqueados desde o início da gestão do prefeito Dr. Silvio Mendes”, explicou.

Proposta

A proposta foi apresentada pelo vereador Dudu (PT), que, em entrevista ao GP1, afirmou que a mudança na nomenclatura visa fortalecer o trabalho da corporação. “A Guarda Municipal sempre foi um braço da segurança pública. Ao alterarmos essa nomenclatura, estamos criando condições para termos uma instituição mais robusta. Esperamos que, com essa organização, a nova Polícia Municipal possa, inclusive, alcançar equiparações com as demais polícias — estadual e federal — e, assim, contribuir com mais segurança para nossa cidade”, declarou.

Veto ao projeto

O vereador James Guerra (Avante), presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal, revelou que enviou à Prefeitura de Teresina uma sugestão de veto ao Projeto de Lei que altera o nome da Guarda Civil Municipal para Polícia Municipal de Teresina.

No dia 22 de abril, a Câmara de Teresina aprovou por unanimidade o projeto. Ao justificar a sugestão de veto, James Guerra argumentou que a proposta é inconstitucional.