Izabella Furtado
Quase três anos após o latrocínio do jovem empresário Rafael Soares de Sousa, em setembro de 2022, na zona sul de Teresina, a quadrilha responsável pela sua morte ainda não foi julgada. Nesta quarta-feira (18), a audiência de instrução e julgamento dos réus no processo foi suspensa por conta da ausência de uma das testemunhas da defesa.
São réus no caso: Maycon Araújo de Moura, vulgo Sapão; Edmundo Victor Borges Batista de Morais; Lucas Vinicius de Sousa Pereira, vulgo Queijeiro; e Iasmim Soares Avelino dos Santos. Em entrevista ao GP1, o advogado Haroldo Vasconcelos, que representa a família de Rafael Soares, afirmou que a audiência foi remarcada para o dia 3 de julho.
“A audiência iniciou hoje, foram ouvidas as testemunhas de acusação e começaram a ser ouvidas as testemunhas de defesa, uma faltou e o advogado do réu que a indicou como testemunha arguiu se ela tinha sido intimada, como isso não foi localizado a audiência foi suspensa e marcada para continuar no dia 3, às 9h”, declarou.
O advogado destacou que a família espera a condenação dos réus, uma vez que o crime já tem quase três anos. Ele também ressaltou que o inquérito e a denúncia do Ministério Público apresentam provas concretas da participação de cada envolvido no latrocínio.
“O inquérito foi muito bem feito, lastreado de provas concretas e fortes, de quem atirou, de quem estava junto e participou da organização. A denúncia do Ministério Público também foi muito concreta e muito objetiva e o que se espera é que todos sejam condenados e paguem pelo crime dentro da participação de cada um”, finalizou Dr. Haroldo.
Réus foram soltos por morosidade do Judiciário
O juiz João Manoel de Moura Ayres, da Vara de Delitos de Organização Criminosa, determinou a soltura de Iasmim Soares Avelino dos Santos, Maycon Araújo de Moura, vulgo sapão, e Edmundo Victor Borges Batista de Morais, acusados de participação no latrocínio de Rafael Soares de Sousa, que foi assassinado no dia 26 de setembro de 2022.
Na decisão, assinada no dia 10 de fevereiro deste ano, o juiz elencou que o caso dos autos demonstra total desrespeito aos prazos legais, pois a prisão dos réus já dura tempo nitidamente superior ao necessário à conclusão do processo.
Relembre o caso
O empresário Rafael Soares de Sousa, 24 anos, foi assassinado no dia 26 de setembro de 2022 após ter sido atingido com um tiro por um criminoso na porta de sua residência, no bairro Lourival Parente, zona sul de Teresina. Ele ainda chegou a correr para dentro de casa e em seguida foi socorrido pelo Samu, mas não resistiu ao ferimento e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT).
As investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluíram que os criminosos efetuaram o crime para subtrair o patrimônio da vítima, que vinha sendo monitorada pelo grupo.
“A motivação era o patrimônio da vítima. Eles inclusive sabiam que a vítima tinha um caminhão, tinha um carro e valores que estariam naquele dia dentro da mochila. Havia toda uma organização para que fosse levado o dinheiro, o carro e também o caminhão que a vítima possuía”, disse o delegado Barêtta, diretor do DHPP, na ocasião do crime.
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