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"Nós vamos nos distanciar uns tempos da mídia", afirma promotor Eliardo Cabral

Eles trataram do caso Fernanda Lages e da polemica relação que se delineou entre eles ao longo dos últimos dez dias de investigações.

Frente a frente, o delegado geral da policia civil, James Guerra, e os promotores do Ministério Público Ubiraci Rocha e Eliardo Cabral, concederam entrevista a um meio de comunicação local e trataram das divergências entre a visão dos promotores e da polícia civil na linha de investigação do caso da estudante Fernanda Lages e da polêmica relação que se delineou entre eles ao longo dos últimos dez dias de investigações.

Imagem: ReproduçãoPromotor de Justiça Eliardo Cabral(Imagem:Reprodução)Promotor de Justiça Eliardo Cabral

O delegado geral a policia civil, James Guerra, disse que não há porque a polícia revelar nomes quando ainda não há condições para tal. “Então nesse sentido nós estamos bem tranqüilos. Mas é bom que se diga que tudo o que se diz a respeito desse inquérito foi produzido pela polícia civil, tudo o que se comenta, esta prova aquela prova, tudo isso são situações nossas, é produto da investigação nossa. Se o Ministério Público está, por exemplo, convicto de que há a questão do homicídio faz isso com base nos autos e esses autos foram produzidos por nós”, disse o delegado. James Guerra disse também que os promotores devem apresentar os nomes que tanto mencionam indiretamente. “Agora na hora em que o Ministério Público quiser que se faça uma investigação sobre quem quer que seja nós estamos aguardando que eles façam as indicações dos nomes”, finalizou.

Já o promotor Eliardo Cabral foi incisivo na afirmação de que há um ‘figurão’ da política piauiense envolvido no caso e que a policia civil não está dando a devida importância. “Agora nós vamos nos distanciar uns tempos da mídia porque vamos formular peças escritas, colocar nomes nos autos e solicitar diligências à Polícia Civil. Porque tem uma pessoa envolvida que se acha muito importante, mas vai perder essa pose quando estiver preso”, disse Eliardo. “E mais, a policia está descartando testemunhas, descartou duas meninas e isso está errado”, completou o promotor.

Além de afirmar que há envolvimento de pessoas ditas importantes, Eliardo também relacionou à morte da estudante de Direito a realização de “orgias” e “bacanais” que teriam ocorrido em um sítio situado na estrada que vai para o município de Nazária. Além disso, falou da existência de um vídeo relacionado ao assunto que estaria no netbook de Fernanda e que teria sumido misteriosamente do referido aparelho. Na ocasião James Guerra negou a existência do vídeo ao argumentar que a perícia já havia sido realizada.

Perguntados se a relação entre o delegado Paulo Nogueira e os promotores estaria abalada pelas criticas dos promotores, James Guerra disse: “São todos adultos e maduros, creio que não vá haver problemas”.

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