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Especialistas apontam importância na realização do teste do coraçãozinho em recém-nascidos

O teste do coraçãozinho ou oximetria de pulso é um teste rápido e indolor que pode salvar a vida do bebê já nas primeiras 24h até 48h após o nascimento

Oito a cada mil crianças nascem com problema no coração, e destes 15 a 20% tem problemas graves, recebendo alta da maternidade sem o diagnóstico. O que pouca gente sabe é que já é possível fazer um diagnóstico nas primeiras 24h de vida do bebê. O teste é simples, mas infelizmente ainda não está disponível em todas as maternidades do Brasil e em Teresina apenas em uma maternidade particular.

O teste do coraçãozinho ou oximetria de pulso é um teste rápido e indolor que pode salvar a vida do bebê já nas primeiras 24h até 48h após o nascimento. O exame consiste em colocar um leitor da concentração de oxigênio na mão e depois no pé, podendo detectar alterações importantes antes mesmo de qualquer outro sintoma.

O Cardiopediatra Luciano Ramos explica que o teste leva apenas 5 minutos, e estando normal, o bebê poderá receber alta. Caso contrário realizará um ecocardiograma ainda na maternidade. "É de extrema importância que os pais busquem realizar o teste do coraçãozinho no seu filho, porque nem sempre o defeito cardíaco pode ser detectado somente examinando o bebê, e a falta desse diagnostico precoce pode levar a complicações sérias como a hipóxia (baixa oxigenação), o choque cardiogênico (falência cardíaca) e ate mesmo a morte, caso já retorne ao hospital de forma tardia", enfatiza.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) recomendam a realização do exame. “Várias doenças cardíacas na infância se manifestam de forma muito silenciosa nos primeiros dias. A equipe médica pode não detectar nenhum sinal, o bebê pode ir pra casa aparentemente bem e após, no fim da primeira semana, nos primeiros 15 dias de vida, essa criança manifesta quadro clínico muito grave. Infelizmente nessas situações o tratamento da doença já pode ser tardio e alguns bebês falecem sem conseguir um tratamento adequado”, citação de Dr. Jorge Afiune, cardiopediatra da Sociedade Brasileira de Pediatria.

Mesmo com custo e eficácia comprovada, o teste do coraçãozinho ainda não foi implementado em todo o País. "O custo, a logística e a própria falta de hábito dos médicos pedirem o teste do coraçãozinho justificam a dificuldade de aplica-lo. Temos que conscientizar todos os envolvidos, do obstetra a própria gestante, da importância do exame, porque ele pode salvar a vida do bebê", explicou o especialista.

Quando o teste aponta uma doença, o bebê precisa realizar o ecocardiograma, um exame que vai identificar o tipo de problema e qual a gravidade.

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