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Aplicativo acelera denúncia de violência a contra mulher no Piauí

A plataforma propõe que a vítima, parentes, vizinhos ou mesmo desconhecidos denunciem, em tempo real e de forma anônima, todo tipo de violência.

No últimos dois anos 84 mulheres foram assassinadas no estado do Piauí, segundo reportagem da Folha de São Paulo. No Brasil, em 2016, foram registrados 3.526 casos, em média de dez por dia.

Uma plataforma online, intitulada “Salve Maria!” propõe que a vítima, parentes, vizinhos ou mesmo desconhecidos denunciem, em tempo real e de forma anônima, todo tipo de violência. No aplicativo há duas opções: o botão do pânico e o canal de denúncia. O primeiro deve ser usado em casos de extrema urgência, como por exemplo, durante uma agressão.

A delegada Eugênia Villa, subsecretária de Segurança Pública do Piauí, explica que ele deve ser usado para prevenir uma violência maior. "O botão de pânico deve ser apertado no momento do delito, a ideia é que ele previna uma violência maior", disse.

  • Foto: Nayrana Meireles/GP1Aplicativo Salve MariaAplicativo Salve Maria

Já o canal de denúncia é mais descritivo, a pessoa preenche um formulário e poderá enviar anexos, com fotos, áudio, vídeos do momento da violência, que vão ajudar na investigação. Em geral, são casos anteriores de violência.

Segundo a delegada, a mensagem chega às polícias Civil e Militar já com a localização da vítima, o que traz mais rapidez no atendimento da ocorrência. "A violência contra a mulher ainda é muito mitigada. As pessoas acham que não devem meter a colher na briga de marido e mulher."

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Delegada Eugenia Villa Delegada Eugenia Villa

O aplicativo, ainda de acordo com a delegada, surgiu para romper o silêncio. "É uma forma de a gente conseguir romper esse silêncio, entrar nessas casas para prevenir as mortes", conta. Além disso, o aplicativo também tem um botão informativo, com orientações sobre os vários tipos de violência contra a mulher. "A violência muitas vezes é invisível, como no caso da violência psicológica. A intenção é orientar a população sobre os vários tipos de agressão", completou a delegada.

A plataforma se soma ainda a outras iniciativas, como o banco de dados iPenha, do Ministério Público do Piauí, responsável por registrar os casos referentes à Lei Maria da Penha de forma estatística. Por meio dele, a polícia soube, por exemplo, que a região sudeste de Teresina é a líder dos casos de violência contra a mulher na capital, com 31% dos registros. Desde o ano passado, Teresina e a região metropolitana também contam com um plantão policial de gênero, para mulheres e homossexuais vítimas de violência.

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