Pesquisadores descobriram, no Piauí, um novo gênero e espécie de camarão a partir de um fóssil com aproximadamente 90 milhões de anos. Os paleontólogos responsáveis pela descoberta são o professor Paulo Victor de Oliveira, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), e a professora Olga Alcântara Barros, da Universidade Regional do Cariri (URCA).
O fóssil, que foi encontrado no município de Caldeirão Grande do Piauí, recebeu a denominação de Somalis Piauiensis, em homenagem à paleontóloga Maria Somália Sales Viana, professora da Universidade Estadual Vale do Acaraú, como forma de reconhecimento a sua extensa contribuição aos estudos realizados na Bacia do Araripe e do Brasil.
A descoberta é inédita para a paleontologia mundial, ampliando a diversidade dentro do grupo de camarões fósseis, e rendeu publicação no periódico internacional ZOOTAXA. Trata-se do primeiro camarão fóssil encontrado em território piauiense e o primeiro encontrado na região oeste da Bacia do Araripe.
O trabalho foi apresentado à comunidade nessa quarta-feira (3), no Auditório Severo Eulálio do campus Senador Helvídio Nunes de Barros, em Picos.
Segundo os pesquisadores, é possível saber a idade da rocha e dos fósseis que estão inseridos nelas, através do estudo dos isótopos estáveis, elementos que compõem as rochas.
A pesquisa foi financiada em parte pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP) e pelo edital Mulheres na Ciência, e contou com apoio da UFPI e da URCA.
Sobre os pesquisadores
O professor Paulo Victor de Oliveira coordena o Laboratório de Paleontologia de Picos, e desenvolve pesquisas paleontológicas no Piauí há 10 anos. O laboratório é vinculado ao Núcleo de Pesquisas Naturais do Semiárido do Piauí (NUPECINAS).
A professora Olga Alcântara Barros é pesquisadora visitante no Museu de Paleontologia da URCA, Plácido Cidade Nuvens em Santana do Cariri, Ceará, e coordena o Laboratório de Imagem (LAGEM-URCA).
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