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Piauí

Governador Rafael Fonteles institui grupo de trabalho para Projeto Intermodal

Decreto assinado pelo governador foi publicado no Diário Oficial do Estado no dia 20 de fevereiro.

O governador do Piauí, Rafael Fonteles (PT), instituiu o Grupo de Trabalho Intersetorial Temporário (GTIT) para monitorar e desenvolver estudos relacionados ao Projeto Integrador Intermodal do Estado do Piauí, conforme o decreto nº 22.767. A lei, publicada no Diário Oficial do Estado em 20 de fevereiro, prevê ações integradas para o desenvolvimento das próximas etapas do projeto e sua implementação pelo Governo do Estado do Piauí.

O GTIT será composto por até dois representantes, um titular e um suplente, de cada um dos seguintes órgãos e entidades: Secretaria do Planejamento do Estado do Piauí, Companhia Ferroviária e Logística do Piauí, Agência de Atração de Investimentos Estratégicos do Piauí, Secretaria da Administração do Estado do Piauí e Secretaria de Governo do Estado do Piauí. O representante da Secretaria do Planejamento será o coordenador do GTIT.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Governador do Piauí, Rafael Fonteles
Governador do Piauí, Rafael Fonteles

O Grupo de Trabalho funcionará até 31 de dezembro deste ano, com o objetivo de situar os agentes do Estado que possuíam relação parcial ou integral com o Projeto Integrador Intermodal, permitindo que tomem ações integradas dentro de suas competências para o desenvolvimento do Projeto.

Entenda o projeto

O projeto Intermodal do Vale do Parnaíba, que conecta o Cerrado piauiense ao Porto de Luís Correia, promete revolucionar a economia do Piauí. A iniciativa visa levar a produção de grãos da região sul do estado até o porto, utilizando os modais rodoviário, hidroviário e ferroviário. Estima-se que os custos de transporte para os produtores de grãos cairão cerca de 25%, resultando em uma economia de quase R$ 200 milhões.

O transporte intermodal, que consiste no escoamento da produção por hidrovia e ferrovia até o Porto de Luís Correia, terá impacto em três aspectos: interligação do estado de norte a sul, inclusão do Piauí no setor logístico brasileiro e investimentos dos municípios que farão parte do modal. O projeto tem uma característica territorial diversificada, pois parte do anel viário da soja – que é o conjunto de rodovias estaduais e federais que compõem o Cerrado Piauiense – e faz ligação pela hidrovia com Teresina e, da capital até Luís Correia, por ferrovia.

O projeto intermodal é dividido em quatro subsistemas: hidrovia entre o Rio Parnaíba e o Rio das Balsas; trechos de malha ferroviária no estado do Piauí, porto marítimo de Luís Correia e terminais fluviais ao longo do Rio Parnaíba e do Rio das Balsas. Alguns trechos, no entanto, já estão certos. A retomada do transporte ferroviário entre Teresina e Luís Correia é uma delas. O trecho já existe, mas atualmente está em desuso e precisa de uma recuperação.

Outro exemplo da abrangência do projeto é o fato dele também apresentar soluções para a armazenagem da produção de grãos. Hoje, os produtores não têm capacidade de guardar estoques e acabam enviando a produção para o Porto de Itaqui. A proposta do projeto é que haja galpões às margens dos rios.

Aliado a todo esse modal, está o Porto de Luís Correia. Com a exportação e importação de mercadorias pelo litoral do Piauí, ao invés da venda por outros estados, taxas e dinheiro circulariam dentro do estado, causando um grande impulsionamento na economia local. A implantação do sistema, além de beneficiar a produção e instalação de outras indústrias, vai reduzir o descompasso entre oferta e demanda, aumentando assim a competitividade do setor agrícola da região. Apesar da maior produção do Piauí hoje ser agrícola, o projeto também visa beneficiar a exportação de minérios (em Piripiri), além de importação de líquidos e fertilizantes.

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