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Política

CPI da ANEEL promove debate sobre o modelo energético e altas tarifas

Em participação na CPI da ANEEL, o deputado Ciro Nogueira questionou a possibilidade de redução das tarifas energéticas em 20%.

Nesta terça-feira, 11, o deputado federal, Ciro Nogueira (PP), participou da CPI da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), onde questionou sobre a possibilidade da redução das tarifas energéticas em 20%. O debate foi baseado no artigo do economista Gustavo Galvão e do contador Ronaldo Silva, publicado na revista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O estudo mostra que os preços praticados pelas distribuidoras de energia elétrica no Brasil são os mais caros do mundo.

Segundo a pesquisa, no período entre 1995 e 2007 o preço da tarifa energética aumentou 398%. O Brasil é o segundo país com maior produtividade de Sistemas hidroelétricos do mundo, ficando atrás apenas do Canadá. Esses dados apontam uma incoerência onde a produção de energia é barata, porém o custo para os consumidores é alto. De acordo com os autores do artigo, a privatização do sistema aumentou custos desnecessários e tornou o sistema menos confiável.

O deputado Ciro nogueira indagou aos técnicos do BNDES se seria possível uma redução de 20% nas tarifas energéticas. O economista Gustavo Galvão afirmou que essa redução seria muito improvável e caso houvesse uma diminuição, certamente a margem será bem menor.

Segundo Gustavo Galvão, os altos preços das tarifas energéticas não são causados pelos impostos, mas para de custear os gastos do setor privado. "As empresas de energia já chegaram a distribuir 100% em lucros e dividendos, mas a lei diz que esse repasse não pode passar de 25%", afirmou o economista Gustavo Galvão.

Ciro Nogueira acredita na eficiência deste debate para a nação, "um país que possui uma matriz energética eficiente como o Brasil, não tem porque praticar valores tão desproporcionais. A questão energética é um tema importante e precisa ser debatida, como estamos fazendo", afirmou.

Os estudiosos do BNDES defendem o retorno do sistema de remuneração pelo custo e do gerenciamento e planejamento do sistema pela Eletrobrás, da mesma forma que acontece nos países desenvolvidos.

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