Germana Chaves
Dois políticos do Partido Liberal (PL) foram executados esta semana em menos de 48h no estado do Ceará. Na última terça-feira (07), o suplente de vereador do Crato (CE), Erasmo Morais, 53 anos, foi executado com 45 tiros em frente a própria residência. Dois dias depois, na quinta-feira (09), o policial militar e pré-candidato a vereador, Sargento Geilson, foi assassinado a tiros dentro de um frigorífico no município de Icó (CE).
As duas vítimas tinham feito alertas em vídeos sobre supostas ameaças que estavam recebendo por conta de suas atuações políticas dentro da oposição em suas respectivas cidades, que são administradas por líderes do Partido dos Trabalhadores (PT).
Erasmo Morais foi atingido por disparos de fuzil, quando dois homens chegaram de carro na residência do político e o executaram e logo depois, fugiram do local. Em outubro do ano passado, quando discursava na tribuna da Câmara Municipal de Crato, Erasmo fez um alerta sobre eventuais riscos à sua vida por conta da apresentação de um projeto que propunha a revogação de uma lei municipal (Lei 3.833/21) que autoriza a concessão dos serviços do Sistema de Água e Esgotamento Sanitário (SAAEC) para e Empresa Ambiental Crato Concessionária de Saneamento (SPE).
“Fiquem de olho, porque eu vou mexer com gente grande, eu vou mexer com um enxame de abelha, eu vou mexer com formigueiro. E, se alguma coisa acontecer na minha vida, não procure outra linha de investigação: foram questões políticas”, advertiu o vereador, na época. Erasmo Morais chegou a atuar como vereador por cinco meses, de setembro de 2023 a fevereiro de 2024, no lugar do vereador Dárcio Luiz (PRC), que se ausentou do mandato por questões médicas.
Quanto ao segundo assassinato, do Sargento Geilson, o pré-candidato a vereador, que também era suplente de deputado estadual, deixou um vídeo onde também relatava ameaças de morte.
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