A decisão do PT de abrir espaço para alianças com o PSD nas eleições municipais de 2012 acelerou o diálogo entre os dois partidos na Grande São Paulo. Logo após o 4º Congresso petista, que praticamente liberou a aproximação com o novo partido, o PT reforçou a busca pelo apoio do PSD a seus candidatos no Estado – mesmo sem aprovação formal a essa união por seu diretório regional.
Em junho, a direção do PT paulista impediu a aprovação de resolução que queria proibir alianças com o PSD em São Paulo. Na ocasião, ficou acertado uma nova consulta aos filiados paulistas.
Mas, com o objetivo de reforçar suas chapas em locais considerados estratégicos, os petistas articulam coligações com o PSD em Osasco, Suzano, São Bernardo do Campo e outros municípios do ABC paulista. Já o novo partido flerta com o PT para dar corpo a suas pretensões eleitorais em Barueri e Carapicuíba.
Segundo líderes petistas, a resolução nacional do partido, que proibiu alianças com PSDB, DEM e PPS, deve liberar, na prática, as coligações com o PSD.
A interpretação de dirigentes é que os recentes gestos de aproximação do prefeito paulistano Gilberto Kassab em relação ao governo Dilma Rousseff não permitem que o PSD seja encarado como inimigo, como avalia o presidente do PT paulista, Edinho Silva.
- No momento em que o PSD abre um espaço de diálogo com o governo Dilma, há uma tendência de que eles sejam tratados como aliados, inclusive no Estado de São Paulo. Na capital, o PT é oposição ao Kassab por questões específicas, mas não podemos construir nossa política de alianças pautados apenas por esse afastamento.
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As alianças entre os dois partidos nos municípios paulistas ainda precisam ser formalizadas em seminário que o PT local vai organizar no fim do ano, mas mesmo os petistas descontentes com o pacto admitem que não há como impedir a aproximação.
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- No momento em que o PSD abre um espaço de diálogo com o governo Dilma, há uma tendência de que eles sejam tratados como aliados, inclusive no Estado de São Paulo. Na capital, o PT é oposição ao Kassab por questões específicas, mas não podemos construir nossa política de alianças pautados apenas por esse afastamento.
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