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Queria ver ela defender troca de ministras, rebate José Serra

Serra reage ao discurso da presidente, insistindo na crítica à indicação de Marta para a Cultura.

Imagem: Evelson de Freitas/AEClique para ampliarEm creche no centro de SP, menina faz pedido a Serra(Imagem:Evelson de Freitas/AE)Em creche no centro de SP, menina faz pedido a Serra
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, desafiou Dilma Rousseff a justificar a indicação de Marta Suplicy (PT) para o Ministério da Cultura, numa reação às declarações feitas pela presidente no comício do candidato petista Fernando Haddad. Serra repetiu que se referia apenas à nomeação de Marta quando disse que a presidente estava "metendo o bico em São Paulo".

"Eu não disse que ela não devia meter o bico. O que está errado é tirar uma ministra e colocar uma ministra só para acertar a correlação de forças para ter apoio dentro do PT para o Haddad. Eu queria ver ela defender isso", disse o tucano.

No domingo, na véspera da primeira participação da presidente num ato da campanha de Haddad, o candidato do PSDB provocou Dilma afirmando que ela usou o governo como "propriedade privada" ao demitir a ex-ministra Ana de Hollanda e nomear Marta em troca do engajamento da ex-prefeita e senadora na campanha do candidato do PT em São Paulo.

‘Aposentado’. Serra também rebateu na segunda os ataques feitos no fim de semana pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que o petista "já está aposentado há muito tempo". O tucano usou o julgamento do mensalão para responder à afirmação feita por Lula de que o candidato do PSDB, de 70 anos, deveria "requerer a aposentadoria".

"O Lula já está aposentado há muito tempo, e agora, com a coisa do mensalão, (ele) já passou. Ele está aflito com isso. Ele não enfrenta o assunto, então ele se especializa em falar mal dos outros", afirmou Serra.

Inicialmente, o tucano evitou comentar os ataques de Lula e disse que rebater as críticas seria "covardia". Serra afirmou que o governo Lula está sendo "condenado" pelo Supremo Tribunal Federal e classificou os ataques como "baixaria".

"O Lula sabe perfeitamente que eu tenho energia física e intelectual infinita para enfrentar qualquer desafio na vida pública. Vem o Lula, oito anos presidente da República, vem numa praça pública me atacar assim... É baixaria", afirmou Serra.

O tucano voltou a desqualificar o manifesto assinado por partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff, que acusam as siglas de oposição de explorarem o mensalão para dar um "golpe".

"Não é uma conspiração. (O que) derrubou o Getúlio (Vargas) ou o Jango (João Goulart) foram conspirações da direita com golpes militares. Agora, no caso do Lula, quem está tomando as medidas é o Supremo Tribunal Federal", afirmou o candidato tucano.

Agenda cheia. Na reta final da campanha antes do primeiro turno, Serra intensificou sua campanha na rua. O candidato do PSDB visitou uma creche no centro, fez caminhadas em duas ruas comerciais da zona oeste, gravou mensagens para uma campanha de telemarketing, deu uma palestra na zona leste e ainda era esperado no jantar de um candidato a vereador.
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