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Política

Governador Wilson Martins autoriza a aquisição de 170 mil sacas de milho dos Cerrados

Piauí aumentou a sua capacidade de venda para 600 mil toneladas, por cooperado.

Cerca de 10 mil toneladas de grãos de milho cultivados no Cerrado Piauiense, o que corresponde a 170 mil sacas do produto, serão adquiridas pelo Governo do Estado, em parceria com a Companhia de Abastecimento do Piauí (Conab), para serem distribuídas junto aos agricultores piauienses afetados pela estiagem. A compra subsidiada será feita através da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) e custará aos cofres estaduais um montante de R$ 2,5 milhões.

Segundo Rubem Martins, secretário estadual do Desenvolvimento Rural, a possibilidade de aquisição do milho por meio dos produtores locais foi uma ideia do governador Wilson Martins, o qual apresentou a proposta ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, durante reunião em Brasília. O ministro, por sua vez, de pronto aceitou a proposta do governador, viabilizando a aquisição dos grãos produzidos na região dos Cerrados destinados ao consumo animal dos criadores afetados pela seca.

Imagem: Régis FalcãoReunião SDR sobre a aquisição do milho para regiões afetadas (Imagem:Régis Falcão)Reunião SDR sobre a aquisição do milho para regiões afetadas 


“Atualmente a saca do milho é comercializada na região por um preço de até R$ 32, sendo que a Conab só pode custear o valor de R$ 20. É aí que o Governo do Estado entra, pagando a diferença para o produtor que fornecer o grão”, explica Rubem Martins ao comentar que é a primeira vez que o Piauí participa de um pregão para a compra de grãos de milho, visto que a realização dos leilões estava concentrada na região Centro-Oeste do país. “Isso é uma prova de que os Cerrados piauienses estão se destacando na produção de grãos, se igualando aos grandes centros fornecedores dos grãos de milho”, enfatiza o secretário.

Durante reunião na manhã desta segunda-feira (10), na SDR, representantes do órgão, bem como da Conab, Controladoria do Estado e produtores de grãos locais buscaram soluções para a falta de abastecimento do milho nos municípios piauienses. Na oportunidade, Sérgio Bartolozzo, proprietário de fazenda produtora no município de Uruçuí, colocou a disposição do Estado um total de 600 toneladas de milho para a compra subsidiada.

Quanto ao transporte do produto, considerado um dos entraves para a entrega do milho aos produtores rurais, o superintendente da Conab, Allisson Pego, garante que a companhia viabilizará os caminhões para entregar o produto no seu destino final, bem como abastecer os depósitos da Companhia de Abastecimento no Piauí. “No último pregão, nenhuma companhia se interessou em transportar o milho da região Centro-Oeste para o Nordeste, mas como as distâncias vão ser reduzidas, acredito que conseguiremos transportadoras com mais facilidade”, explica.

Imagem: Régis FalcãoMilho subsidiado - Programa Venda de Balcão - CONAB-PI(Imagem:Régis Falcão)Milho subsidiado - Programa Venda de Balcão - CONAB-PI


No entanto, para que os grãos sejam adquiridos de forma legal, a Controladoria do Estado conduzirá e fiscalizará todo o processo. De acordo com o controlador estadual, Antônio Filho, a execução do convênio será amparada legalmente, evitando complicações burocráticas para o Estado. “O convênio será firmado entre a SDR, Secretaria Estadual de Fazenda e cooperativas de produtores, que venderão os grãos de milho segundo preço tabelado nacionalmente”, esclarece.

Piauí iguala capacidade de venda aos estados do Centro-Oeste

Como prova do reconhecimento do Ministério da Agricultura em relação ao nível de produção de grãos no Piauí, este foi igualado aos grandes produtores do país, tais como Mato Grosso e Goiás. Em outras palavras, cada produtor cooperado da região poderá vender até 600 toneladas de milho para órgãos como a Conab. Até bem pouco tempo esse valor era de 200 toneladas, havendo um aumento de aproximadamente 67%.

“Estamos realizando todos os procedimentos possíveis para que o milho chegue até os produtores afetados pela seca e dentro de poucos dias o produto já deve estar chegando nas áreas de maior carência de grãos”, afirma Rubem Martins. 


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