Andressa Martins
No dia 12 de dezembro do ano passado, a ex-ministra Erenice Guerra prestou depoimento à Polícia Federal e confirmou que atuou com um dos investigados da Operação Zelotes no Conselho administrativo de Recursos Fiscais (Carf) enquanto ele ainda era conselheiro do órgão, ligado ao Ministério da Fazenda.
Erenice Guerra foi ministra da Casa Civil entre os meses de abril e setembro de 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ex-ministra foi ouvida sobre a suposta compra de medidas provisórias que prorrogaram incentivos fiscais a montadoras.
O jornal Folha de S. Paulo deu informações sobre o depoimento da ex-ministra na edição desta terça-feira (26). Erenice negou ter recebido oferta de propina para interferir em medidas provisórias, mas admitiu que houve atuação conjunta entre seu escritório de advocacia e o JR Silva Advogados, de José Ricardo Silva, preso na Operação Zelotes.
José Ricardo Silva é ex-conselheiro do Carf. O contrato era para solucionar uma dívida da empresa chinesa Huawei, que terminaria no Carf. Erenice assumiu que por diversas vezes conversou com José Ricardo e que ele insistia que não havia impedimento para advogar pelo Carf, mesmo sendo conselheiro do órgão.
A ex-ministra afirmou ainda que seu irmão e sócio no escritório de advocacia, Antonio Eudacy Alves de Carvalho, pediu a ela uma ajuda para nomear José Ricardo como conselheiro do Carf.
Ela disse em depoimento que não tinha influência para isso e que só lembrou que recebeu o pedido após sair da Casa Civil e ter seu sigilo de e-mails quebrado em uma investigação sobre suposto tráfico de influência, que foi arquivada.
Ex-ministra da Casa Civil afirmou conhecer Alexandre Paes dos Santos, conhecido com APS, em 2001. Atualmente o lobista se encontra preso, mas na época Erenice o apresentou para empresários.
Ao ser questionada, Erenice afirmou que viajou com APS a São Paulo, mas disse não recordar quem pagou as despesas, mas acredita que foi com seu próprio dinheiro. Segundo informações da TV Globo, o lobista diz em e-mail que a despesa será da Rumo, empresa do investigado Eduardo Valadão.
Erenice Guerra foi ministra da Casa Civil entre os meses de abril e setembro de 2010, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ex-ministra foi ouvida sobre a suposta compra de medidas provisórias que prorrogaram incentivos fiscais a montadoras.
Imagem: Reprodução/Veja
Ex-ministra Erenice Guerra nega ter recebido propina
Ex-ministra Erenice Guerra nega ter recebido propinaO jornal Folha de S. Paulo deu informações sobre o depoimento da ex-ministra na edição desta terça-feira (26). Erenice negou ter recebido oferta de propina para interferir em medidas provisórias, mas admitiu que houve atuação conjunta entre seu escritório de advocacia e o JR Silva Advogados, de José Ricardo Silva, preso na Operação Zelotes.
José Ricardo Silva é ex-conselheiro do Carf. O contrato era para solucionar uma dívida da empresa chinesa Huawei, que terminaria no Carf. Erenice assumiu que por diversas vezes conversou com José Ricardo e que ele insistia que não havia impedimento para advogar pelo Carf, mesmo sendo conselheiro do órgão.
A ex-ministra afirmou ainda que seu irmão e sócio no escritório de advocacia, Antonio Eudacy Alves de Carvalho, pediu a ela uma ajuda para nomear José Ricardo como conselheiro do Carf.
Ela disse em depoimento que não tinha influência para isso e que só lembrou que recebeu o pedido após sair da Casa Civil e ter seu sigilo de e-mails quebrado em uma investigação sobre suposto tráfico de influência, que foi arquivada.
Ex-ministra da Casa Civil afirmou conhecer Alexandre Paes dos Santos, conhecido com APS, em 2001. Atualmente o lobista se encontra preso, mas na época Erenice o apresentou para empresários.
Ao ser questionada, Erenice afirmou que viajou com APS a São Paulo, mas disse não recordar quem pagou as despesas, mas acredita que foi com seu próprio dinheiro. Segundo informações da TV Globo, o lobista diz em e-mail que a despesa será da Rumo, empresa do investigado Eduardo Valadão.
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