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Política

Heráclito diz não ter ficado irritado com apelido de "Boca Mole"

Sobre a delação premiada, ele negou qualquer envolvimento e disse que as doações que recebeu foram durante o período eleitoral e todas devidamente registradas.

O deputado federal Heráclito Fortes (PSB) comentou nessa segunda-feira (19) a divulgação do seu nome na lista de políticos que teriam recebido propina da Odebrecht e disse não ter ficado irritado com o apelido de “Boca Mole”. A divulgação da lista aconteceu após delação premiada do lobista Claudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. Os deputados Paes Landim (PTB), Hugo Napoleão (DEM), Iracema Portella (PP) e o senador Ciro Nogueira (PP) também foram citados.

Sobre o apelido, o deputado disse não ter ficado irritado por ter recebido o nome de “Boca Mole”, mas disse não concordar com o fato do deputado Paes Landim ter sido chamado de “Decrépito”. “Eu não [fiquei irritado]. Pelo contrário, eu ia achar ruim se me chamassem de Marta Rocha ou qualquer coisa assim, mas Boca Mole não tem problema. Já o Decrépito não, foi uma injustiça com o Paes Landim”, disse.

Sobre a delação premiada, ele negou qualquer envolvimento e disse que as doações que recebeu foram durante o período eleitoral e todas devidamente registradas. “Não me abalou [essa delação]. Se tiverem cuidado de observar, eu recebi as doações, mas foram todas registradas [no TRE], não tem nenhuma ilegalidade. Foram durante as campanhas. Não há em qualquer momento nenhuma citação do meu nome, comprovando qualquer envolvimento”, afirmou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Heráclito FortesHeráclito Fortes

Ele ainda disse ser favorável as investigações da Lava Jato. “Eu sou a favor. Quero que seja apurado o mais rápido possível. Quem tem culpa, tem que pagar. Agora o país não pode ficar parado [por causa dessas investigações]. Então espero que 2017 seja um ano bem melhor”, explicou o deputado federal.

Reforma da Previdência

O parlamentar disse que as mudanças são necessárias e que não concorda com as recentes manifestações contra a Reforma da Previdência. “Porque não se queixaram quando esse bolo vem crescendo há 14 anos e estão se queixando somente agora? Esse é um efeito retardado. Temos que passar por cima disso”, afirmou Heráclito, que destacou que “todos precisam fazer esse sacrifício. Até os deputados vão passar por isso também. Eu já tenho 34 de contribuição previdenciária e vou ter que ficar um pouco mais por causa dessas mudanças, mas acho que isso é necessário”.

Renegociação de dívidas

O Congresso deve votar nessa semana o projeto de lei que trata da renegociação das dívidas dos estados e do Distrito Federal com a União. Sobre esse assunto, Heráclito afirmou que “é necessário. Temos que fazer um ajuste. Os governos estaduais e municipais estão prejudicados. O governo conduziu mal esses repasses, o que salvou nesse ano foi a repatriação, mas não vamos ter isso todo ano. Então é preciso se fortalecer os estados e municípios. Esse critério do governo federal de se transformar em um grande repassador é injusto.  Esse dinheiro tem que vir diretamente dos estados e municípios”.

Briga entre os poderes

Para Heráclito Fortes não é positivo para o país o atual enfrentamento entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. “É muito ruim. É preciso que haja equilíbrio, que possamos respeitar a Constituição. Os poderes são independentes, autônomos, mas eles precisam ser unidos”, finalizou.

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