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Marcelo Castro diz que Cunha é uma 'bomba de efeito retardado'

"O Eduardo Cunha saiu desmoralizado, pois ninguém achava que ele, que era considerado o todo poderoso, teria o apoio de apenas dez deputados", disse o deputado federal.

O deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) disse que o deputado cassado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deixou o parlamento desmoralizado por conta dos 450 votos que recebeu dos colegas de Câmara. Apesar de ter sido derrubado do poder, Marcelo Castro chamou atenção para os próximos passos de Cunha a quem ele considera uma “bomba de efeito retardado”.

“450 votos foi uma derrotada acachapante. Acho que a Câmara nunca teve um placar desses. O Eduardo Cunha saiu desmoralizado, pois ninguém achava que ele, que era considerado o todo poderoso, teria o apoio de apenas dez deputados. Eduardo Cunha é uma bomba de efeito retardado, pois subtende-se pelo prestígio dele, que ele saiba de informações privilegiadas de muitos políticos, de muita gente. Não sabemos se ele vai contar alguma coisa no livro que disse que vai escrever, ou se será um delator, Vamos esperar”, ponderou Castro.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Deputado federal Marcelo CastroDeputado federal Marcelo Castro

O deputado do Piauí acredita que a cassação de Cunha vai servir como exemplo para que políticos, que não estejam dentro da lei, pensem antes de adotar qualquer medida arbitrária. “O Cunha mentiu na CPI da Petrobras quando afirmou que não tinha contas no exterior, por isso, eu acho que o fato da Câmara ter decidido cassá-lo vai servir como exemplo para que outros não mintam também. Foi dado o primeiro passo”, avaliou Marcelo Castro.

A cassação

Eduardo Cunha foi cassado nesta segunda-feira (12), por 450 votos a favor, 10 contra e 9 abstenções. Para perda do mandato eram necessários os votos de 257 dos 513 deputados.

A cassação foi motivada por quebra do decoro parlamentar já que Cunha foi acusado de mentir à CPI da Petrobrás, durante depoimento em março de 2015, ao negar ser titular de contas no exterior. Com a decisão, Eduardo Cunha fica inelegível por oito anos a partir do fim do mandato. Com isso, está proibido de disputar eleições até 2026.

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