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Política

Wellington Dias defende habeas corpus preventivo a Lula

O chefe do executivo piauiense diz esperar que a lei seja cumprida no julgamento desta quarta-feira e a Suprema Corte brasileira não esteja afeita a pressões exteriores.

O governador Wellington Dias se manifestou em defesa do direito à presunção de inocência, garantido pela Constituição Federal, em seu artigo quinto. A posição do governador está ligada ao julgamento do habeas corpus preventivo apresentado pela defesa do ex-presidente Lula, que será analisado nesta quarta (4) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não precisa ser advogado ou jurista, o texto é claro quando diz que ninguém poderá ser condenado enquanto uma ação não transitar em julgado. Se o problema são as muitas instâncias existentes, então que se corrija esta questão, mas não que se altere a constituição. O fato concreto é que o Brasil acompanhará um momento histórico, um momento em que o STF, através dos seus membros, terá que tomar uma decisão: Vai valer a Constituição, ou o conjunto de pressões que são feitas em um momento como esse”, indagou o governador.

O chefe do executivo piauiense diz esperar que a lei seja cumprida no julgamento desta quarta-feira e a Suprema Corte brasileira não esteja afeita a pressões exteriores. “A Constituição garante aos ministros a prerrogativa de que não podem ser demitidos. São pessoas que estão ali com cargos vitalícios e somente após completarem 75 anos de idade se aposentariam. Tudo isso para que se tenha uma corte livre e que faça cumprir a lei. É isso que todos nós esperamos”, destacou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Governador Wellington DiasGovernador Wellington Dias

Amigo de longa data de Lula, o governador afirma confiar na inocência do ex-presidente e do seu não envolvimento em casos de corrupção. “O que nós temos nesse processo do presidente Lula? A acusação de que ele recebeu um apartamento, quando ainda era presidente, como benefício de um favor prestado. Porém, os documentos comprovam que o imóvel pertence à empresa Odebreacht, tanto que está alienado junto à Caixa Econômica Federal como garantia que o Banco possui”, pontuou.

Wellington afirmou ainda que o que está em jogo é o direito de Lula ser julgado, politicamente, pelo povo nas urnas. “Nosso desejo é de que, no julgamento de qualquer pessoa, prevaleça a Constituição. O que se quer é que o presidente Lula não esteja acima ou abaixo da lei. Por essa razão, nós queremos Lula livre. Politicamente, o que está em jogo é tirar o direito de um brasileiro com a popularidade e carisma de Lula, agora indicado ao prêmio Nobel da paz, de concorrer às eleições”, finalizou.

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